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Relação entre EUA e Brasil tem muitas diferenças a resolver, diz cônsul em SP

Kevin Murakami, no entanto, vê um cenário positivo e chama empresários brasileiros a aumentarem investimentos nos EUA

Kevin Murakami, cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo (Divulgação)

Kevin Murakami, cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo (Divulgação)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 25 de novembro de 2025 às 13h14.

Para o cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Kevin Murakami, a relação entre os dois países segue em uma direção positiva, embora ainda haja muitas questões pendentes.

"As tensões entre Washington e Brasília, há dois meses, estavam em um ponto francamente crítico. Estou muito satisfeito que hoje a relação esteja seguindo em uma direção positiva", disse Murakami.

O diplomata, que representa o governo de Donald Trump, fez um discurso no Encontro Empresarial BR-US 2025, organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), em São Paulo, nesta terça-feira, 25.

"A gente tem ainda muitas diferenças bilaterais a resolver. Mas todos aqui devem se sentir encorajados. Nossos presidentes já se encontraram e as negociações começaram. Os Estados Unidos já ofereceram algum alívio para o país. Por isso, sou otimista com o potencial da relação entre Estados Unidos e Brasil", afirmou o cônsul.

Chamado a investimentos

Em seguida, ele fez um chamado aos empresários no evento para ampliarem as relações comerciais e os investimentos nos Estados Unidos.

"Devemos reconhecer que a economia global está passando por mudanças profundas, como todos vocês sabem bem. E o Brasil e os Estados Unidos enfrentam seus próprios desafios estruturais e cíclicos. Mas, em momentos como esses, surgem novas oportunidades, especialmente para economias como o Brasil e os Estados Unidos", afirmou.

"Eu gostaria, em nome de todo o governo dos Estados Unidos, fazer uma chamada de ação. Uma chamada para que as empresas e investidores brasileiros aumentem seus investimentos nos Estados Unidos. De fato, permanecemos profundamente comprometidos com mercados abertos, competitivos e transparentes", disse.

"Agora, mais do que nunca, governadores, prefeitos, conselhos municipais e agências de desenvolvimento econômico regional dos Estados Unidos estão procurando parcerias com vocês. Eles querem que vocês vejam os Estados Unidos não apenas como um mercado forte, mas como um lugar com infraestrutura confiável, energia confiável e uma força de trabalho qualificada", afirmou.

Murakami está no cargo há dois meses. Desde o começo do ano, o Brasil está sem embaixador dos Estados Unidos, pois Trump ainda não nomeou ninguém para a posição. A embaixada em Brasília é chefiada por Gabriel Escobar, encarregado de negócios.

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