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Relação com a Rússia está muito perigosa, alerta Trump

Contra sua vontade, o presidente assinou ontem uma lei que contempla sanções que afetam a indústria petroleira e mineradora da Rússia

Trump: o governante já tinha expressado inquietação por considerar que a medida invade o poder do Executivo (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: o governante já tinha expressado inquietação por considerar que a medida invade o poder do Executivo (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 10h28.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta quinta-feira que a relação com a Rússia se encontra em uma situação "muito perigosa" e culpou o Congresso por isso, apenas um dia após assinar a lei de sanções contra Moscou.

"A nossa relação com a Rússia está em um dos seus níveis mais baixos e é muito perigosa. Podem agradecer ao Congresso, a mesma gente que nem sequer é capaz de nos dar a reforma sanitária", escreveu Trump em uma mensagem na sua conta do Twitter.

Contra sua vontade, Trump assinou ontem uma lei, aprovada na semana passada por ampla maioria bipartidária nas duas câmaras do Legislativo, que contempla sanções que afetam a indústria petroleira e mineradora da Rússia por sua suposta ingerência nas eleições de 2016 para prejudicar à democrata Hillary Clinton, derrotada por Trump.

O governante já tinha expressado inquietação por considerar que a medida invade o poder do Executivo, uma vez que o presidente precisará do respaldo do Congresso para cancelar as sanções.

Em um comunicado, Trump classificou hoje a legislação como "consideravelmente defeituosa" e alegou que contém "várias provisões claramente inconstitucionais" que "substituem a autoridade constitucional exclusiva do presidente".

Na semana passada, a nova tentativa de revogar a lei sanitária conhecida como Obamacare, uma das promessas do presidente americano, voltou a fracassar no Congresso perante a incapacidade de acordo entre os próprios republicanos, o que gerou frustração na Casa Branca com os legisladores.

Por sua vez, as tensões entre EUA e Rússia têm se agravado nos últimos dias.

O Ministério de Relações Exteriores russo ordenou no final de semana que governo americano reduza o número de diplomatas e colaboradores que trabalham em sua embaixada em Moscou e nos consulados de São Petersburgo e outras cidades, até o mesmo número do pessoal diplomático que a Rússia tem nos EUA.

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