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Reino Unido testará remdesivir em pacientes com covid-19

Testes com remdesivir mostraram que remédio oferece benefícios a pacientes que precisam de oxigênio adicional, mas não de ventilação

Remdesivir: departamento de saúde disse que os dados iniciais de testes clínicos de todo o mundo mostraram que o remédio pode encurtar o tempo de recuperação dos pacientes com covid-19 em quatro dias (Gilead Sciences Inc/Handout/Reuters)

Remdesivir: departamento de saúde disse que os dados iniciais de testes clínicos de todo o mundo mostraram que o remédio pode encurtar o tempo de recuperação dos pacientes com covid-19 em quatro dias (Gilead Sciences Inc/Handout/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de maio de 2020 às 15h03.

Última atualização em 26 de maio de 2020 às 16h05.

O Reino Unido ministrará o remédio antiviral remdesivir a alguns pacientes com covid-19 que o medicamento tem mais probabilidade de beneficiar, como parte de uma colaboração com a fabricante Gilead Sciences, informou o Ministério da Saúde nesta terça-feira.

O departamento de saúde disse que os dados iniciais de testes clínicos de todo o mundo mostraram que o remédio pode encurtar o tempo de recuperação dos pacientes com covid-19 em quatro dias.

"Este provavelmente é o maior passo adiante no tratamento do coronavírus desde que a crise começou", disse o ministro da Saúde, Matt Hancock, em uma coletiva de imprensa do governo.

"Estes são só os primeiros passos, mas estamos determinados a incentivar a ciência e apoiar os projetos promissores."

O governo britânico disse que a alocação do medicamento dependerá de onde ele oferecerá mais benefícios, mas não disse quantos pacientes serão tratados.

Na semana passada, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) disse que dados de seu teste com remdesivir mostraram que o remédio oferece mais benefícios a pacientes de covid-19 que precisam de oxigênio adicional, mas não de ventilação mecânica.

Os pesquisadores também disseram que, "dada a alta mortalidade, apesar do uso do remdesivir", é provável que ele seja mais eficaz quando combinado com outras tratamentos para covid-19, a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.

Stephen Griffin, professor-associado da Universidade de Leeds, saudou a decisão de usar o remdesivir, dizendo que "provavelmente isso significará que os pacientes de covid-19 mais doentes o receberão primeiro". Ele ainda disse que, embora esta abordagem seja a mais ética, também significa que o remédio não "fará mágica".

"Ao invés disso, podemos esperar taxas de recuperação melhores e uma redução na mortalidade de pacientes", disse.

A Gilead disse que espera resultados de seu próprio estudo do remdesivir em pacientes com Covid-19 moderada no final deste mês.

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