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Reino Unido terá redes 5G sem comprometer segurança, diz Johnson

Primeiro-ministro do Reino Unido enfrenta pressão dos Estados Unidos para bloquear a Huawei, acusada de trabalhar para o governo da China

Reino Unido: Johnson deve decidir sobre o 5G da Huawei nesta terça (28) (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

Reino Unido: Johnson deve decidir sobre o 5G da Huawei nesta terça (28) (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 14h25.

Londres — O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta segunda-feira que tomará uma decisão sobre o papel da Huawei nas redes 5G do país que beneficiará consumidores e empresas sem comprometer a segurança nacional.

Johnson deve decidir na terça-feira qual o papel da Huawei nas redes 5G do Reino Unido, e enfrenta intensa pressão do governo dos Estados Unidos para bloquear a empresa chinesa acusada por Washington de trabalhar a serviço do governo de Pequim.

Quando perguntado sobre a Huawei nesta segunda-feira, o premiê britânico disse que havia uma maneira de permitir que consumidores e empresas acessem a nova tecnologia sem comprometer os relacionamentos de segurança com a aliança de inteligência Five Eyes, liderada pelos EUA.

"O caminho a seguir, claramente, é ter um sistema que ofereça às pessoas deste país o tipo de benefício que os consumidores desejam através da tecnologia 5G ... mas não comprometa de maneira alguma nossa infraestrutura nacional crítica, nossa segurança ou prejudique nossa capacidade de trabalhar em conjunto com outros poderes de inteligência em todo o mundo", afirmou Johnson.

"Portanto, as relações de segurança do Five Eyes que temos vamos manter fortes e seguras", acrescentou. "Vamos apresentar uma solução que nos permita alcançar esses dois objetivos."

No que alguns compararam à corrida armamentista da Guerra Fria, os EUA estão preocupados com a possibilidade de que o domínio de redes 5G dará a qualquer concorrente global como a China vantagem que Washington não está pronta para aceitar.

A Huawei, maior produtora mundial de equipamentos de telecomunicações, nega que seja um veículo para a inteligência chinesa e diz que os EUA querem prejudicá-la porque nenhuma empresa norte-americana pode oferecer a mesma variedade de tecnologia 5G a um preço competitivo.

A Reuters informou em 23 de janeiro que autoridades britânicas haviam proposto conceder à Huawei um papel limitado na futura rede 5G do Reino Unido, segundo duas pessoas com conhecimento do assunto.

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