Mundo

Reino Unido vai taxar açúcar na indústria de refrigerantes

Países escandinavos já impuseram tarifas semelhantes, com diferentes graus de sucesso ao longo dos últimos anos


	Colher de açúcar: as ações de companhias de bebidas e de açúcar caíram após a notícia
 (ThinkStock)

Colher de açúcar: as ações de companhias de bebidas e de açúcar caíram após a notícia (ThinkStock)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de março de 2016 às 14h56.

Londres - O Reino Unido irá introduzir uma taxa sobre o açúcar nos refrigerantes dentro de dois anos, na tentativa de combater o problema de obesidade no país, disse nesta quarta-feira o ministro de Finanças, George Osborne, em um anúncio surpresa, abalando os preços das ações de empresas de bebidas e de açúcar.

Apenas alguns meses após o governo descartar um imposto sobre o açúcar, Osborne disse que a taxa prevista, que será imposta sobre as empresas com base no conteúdo de açúcar nas bebidas, vai gerar uma arrecadação equivalente a 730 milhões de dólares.

"Claro que algumas empresas podem escolher repassar isso para o preço cobrado dos consumidores, e isso terá um impacto no consumo também", disse Osborne ao parlamento, durante seu discurso anual sobre o orçamento.

"Nós entendemos que a taxa afeta o comportamento. Portanto, vamos taxar as coisas que queremos reduzir, e não as coisas que queremos encorajar."

As ações de companhias de bebidas e de açúcar caíram após a notícia, com a Britvic a AG Barr recuando entre 3 e 5%. O papel do grupo açucareiro Tate & Lyle recuou 2%.

Países escandinavos já impuseram tarifas semelhantes, com diferentes graus de sucesso ao longo dos últimos anos.

Em 2012, a França e a Hungria entraram na lista, seguidas pelo México, em 2014.

Acompanhe tudo sobre:acucarCommoditiesEuropaPaíses ricosRefrigerantesReino Unido

Mais de Mundo

Tarifas de Trump elevam os impostos sobre as importações dos EUA ao nível médio mais alto desde 1943

Comissão Europeia propõe mobilizar cerca de 800 bilhões de euros para defesa

Trump ordena a suspensão de toda ajuda militar em andamento à Ucrânia; países reagem

Papa Francisco passa a noite bem, após episódios de insuficiência respiratória aguda