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Reino Unido rejeita receber 3 mil crianças refugiadas

Com 294 votos contra e 276 a favor, a maioria conservadora se impôs para rejeitar a modificação da Lei de Imigração


	Refugiados: alguns deputados conservadores discordaram do partido, argumentando que "tempos excepcionais requerem medidas excepcionais"
 (Stoyan Nenov / Reuters)

Refugiados: alguns deputados conservadores discordaram do partido, argumentando que "tempos excepcionais requerem medidas excepcionais" (Stoyan Nenov / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2016 às 13h22.

Londres - O parlamento britânico rejeitou uma emenda apresentada pelo Partido Trabalhista para que o Reino Unido receba 3.000 crianças refugiadas que se encontram sem os pais em solo europeu.

Com 294 votos contra e 276 a favor, a maioria conservadora se impôs para rejeitar a modificação da Lei de Imigração com o argumento de que admitir refugiados que entraram de forma ilegal na União Europeia (UE) favoreceria às máfias que traficam pessoas.

Alguns deputados conservadores discordaram da linha oficial do partido do governo, como Stephen Phillips, que pediu a seus companheiros de formação que apoiassem a emenda, ao argumentar que "tempos excepcionais requerem medidas excepcionais".

"Essas crianças já estão na Europa. Estão sozinhas, longe de suas famílias. Têm frio, estão assustados e muitas vezes não têm acesso a quem possa protegê-las", defendeu.

A também conservadora Heidi Allen tomou a "dura decisão" de se abster, segundo admitiu nas redes sociais após a sessão parlamentar da noite de ontem.

A proposta foi impulsionada da Câmara dos Lordes pelo trabalhista Alf Dubs e apoiada pelos liberal-democratas e pelos independentistas escoceses do SNP, além do Partido Trabalhista.

O porta-voz de imigração da oposição, Keir Starmer, criticou hoje a postura do governo ao assinalar que "não se pode dar as costas a essas crianças em situação vulnerável".

"A história nos julgará por isto", ressaltou Starmer, enquanto o conservador Edward Leight defendeu que é mais "justo" ajudar as crianças em perigo na Síria em vez das que conseguiram chegar à Europa.

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