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Reino Unido quer tirar 1,5 mil soldados do Afeganistão

A retirada ocorrerá em 2013, um ano antes da saída definitiva do país

Episódios como o massacre de afegãos por militar americano fizeram surgir críticas sobre a missão da Otan no país (US Air Force/Getty Images)

Episódios como o massacre de afegãos por militar americano fizeram surgir críticas sobre a missão da Otan no país (US Air Force/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2012 às 16h14.

Londres - O Reino Unido prepara a retirada para o ano que vem de 1,5 mil soldados desdobrados no Afeganistão antes da saída definitiva do país marcada para 2014, segundo informou nesta terça-feira o site do jornal 'The Guardian'.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, já havia informado que a missão militar do Reino Unido no Afeganistão será concluída no final de 2014 e também que reduzirá suas forças para ficar com nove mil soldados no terreno este ano.

A nova estratégia revelada pelo 'The Guardian' acrescenta uma nova redução de outros 1,5 mil soldados em setembro de 2013, o que deixaria um total de 7,5 mil britânicos desdobrados na província de Helman.

Na próxima cúpula da Otan, que será realizada em Chicago em maio, espera-se a determinação oficial da fase seguinte da transição no Afeganistão, o que poderia supor que as forças aliadas deixem seu papel de ataque para passar ao de apoio em 2013, segundo anunciou neste mês o presidente americano Barack Obama.

Tanto os Estados Unidos como o Reino Unido, os países que mais tropas mantêm no Afeganistão, reiteraram sua intenção de seguir adiante com o atual calendário para a retirada, apesar dos rumores sobre uma antecipação devido a uma série de incidentes violentos que aumentaram os receios no país contra as forças aliadas.

No início do mês, um militar americano assassinou 17 civis, entre eles mulheres e crianças, em uma aldeia do sudoeste de Kandahar e em fevereiro soldados americanos queimaram exemplares do Corão em uma base militar nos arredores de Cabul, o que provocou protestos por todo o país.

Estes episódios fizeram surgir críticas sobre a conveniência e o êxito da missão da Otan no Afeganistão.

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