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Reino Unido pode levar 14 anos até recuperar os empregos perdidos

Mais de 1,3 milhões de empregos nas empresas privadas foram perdidos desde 2008

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron: país levará muito tempo para superar os efeitos da crise (.)

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron: país levará muito tempo para superar os efeitos da crise (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2010 às 07h11.

Londres - O Reino Unido vai levar 14 anos para voltar a ter o nível de emprego de antes da recessão econômica, segundo estudo da confederação sindical britânica Trade Union Congress (TUC) divulgado nesta sexta-feira.

Em algumas regiões do país, mais afetadas pelas duras medidas de corte do gasto público impostas pelo Governo de coalizão, retornar a esse nível pode até levar mais tempo, de acordo com a pesquisa da TUC.

Para os analistas da confederação, se as empresas privadas continuarem criando empregos no mesmo ritmo que o vieram fazendo durante a década passada, em algumas regiões britânicas (como Yorkshire ou o Noroeste) pode levar mais de 20 anos até que sejam recuperados os postos de trabalho perdidos durante pela recessão.

Mais de 1,3 milhões de empregos do setor privado foram perdidos desde o 2008, quando começou a crise financeira global, segundo o estudo.

Para fazer com que o mercado de trabalho volte aos níveis anteriores à recessão, serão necessários 2,2 milhões de novos empregos, o que poderia levar até 14 anos.

Desde 2008, os trabalhadores mais afetados pelo desemprego foram os das empresas de mineração e pedreiras, que perderam 15% de vagas, seguidos pelos trabalhadores do setor manufatureiro, que perderam 12%; construção (11%); e varejo (7%).

A TUC também alertou que os cortes no gasto público anunciados pelo Governo de David Cameron causarão "fortes" perdas de postos de trabalho, podendo fazer com que o número de trabalhadores fique abaixo dos 30 milhões pela primeira vez desde 2003.

"Tivemos sorte, pois o desemprego não aumentou tanto como muitos tinham temido durante a recessão, mas não podemos esquecer que mais de um milhão de pessoas perderam seus empregos", afirmou o secretário-geral da TUC, Brendan Barber

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