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Reino Unido planeja pedir extradição de suspeitos do caso Skripal

Os investigadores conseguiram identificar os responsáveis pelo ataque contra a ex-espião russo em março, realizado com o agente nervoso russo Novichok

De acordo com jornal britânico, os suspeitos russos teriam sido identificados a partir de imagens de câmeras de segurança (Hannah McKay/Reuters)

De acordo com jornal britânico, os suspeitos russos teriam sido identificados a partir de imagens de câmeras de segurança (Hannah McKay/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 09h58.

Londres - O Reino Unido pretende solicitar à Rússia a extradição de duas pessoas suspeitas de serem os autores do envenenamento ocorrido em março em Salisbury, no sul da Inglaterra, do ex-espião russo Sergei Skripal e de sua filha Yulia, informou nesta terça-feira o jornal britânico "The Times".

Aparentemente, os detetives da Scotland Yard têm certeza que conseguiram identificar os responsáveis pelo ataque, que foi cometido com o agente nervoso de fabricação russa Novichok.

Os Skripal ficaram hospitalizados por várias semanas, mas, no mês passado, uma mulher de 44 anos, Dawn Sturgess, morreu após tocar, perto de Salisbury, em uma garrafa de perfume que continha Novichok, enquanto seu companheiro, Charlie Rowley, que também foi envenenado com a substância, sobreviveu após passar vários dias em um hospital.

Segundo a polícia, a garrafa com Novichok teria sido abandonada pelos suspeitos após o ataque contra os Skripal e encontrada depois, possivelmente em um parque, por Sturgess e seu companheiro.

De acordo com a informação publicada nesta terça-feira no jornal britânico, os suspeitos russos teriam sido identificados a partir de imagens de câmeras de segurança e dos registros de pessoas que entraram no Reino Unido em março.

Os detetives a cargo da investigação trabalham no pedido de extradição, mas fontes governamentais comentaram que ainda não há uma decisão final, segundo o jornal.

Espera-se que o pedido seja rejeitado pela Rússia, como ocorreu em 2007 quando o Reino Unido exigiu a entrega dos russos Andrei Lugovoi e Dmitri Kovtum, os dois suspeitos do envenenamento em Londres do ex-espião russo Alexander Litvinenko, que morreu após tomar uma xícara de chá com a substância radioativa polônio-210.

Segundo disse ao jornal o especialista em armas químicas Philip Ingram, os autores do ataque de Salisbury provavelmente entraram no Reino Unido com "identidades falsas".

O envenenamento dos Skripal causou uma crise diplomática entre Londres e Moscou, já que o governo britânico decidiu expulsar vários diplomatas russos, uma medida que foi respondida de maneira proporcional pela Rússia, que exigiu a saída de diplomatas britânicos do país.

Além disso, vários países ocidentais se solidarizaram com o Reino Unido ao tomarem medidas similares.

O Reino Unido acusou diretamente o Estado russo pelo envenenamento dos Skripal após uma investigação que identificou o Novichok como uma substância de fabricação militar russa.

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