Mundo

Reino Unido para extradição de chefe da inteligência ruandês

"O procedimento foi interrompido hoje", segunda-feira, declarou um porta-voz do tribunal de Westminster Magistrate, em Londres


	Manifestantes em Kigali pedem a libertação de Karake: o general Karake, personalidade-chave do regime de Ruanda, foi preso em 20 de junho no aeroporto de Heathrow, em Londres
 (AFP / Cyril Ndegeya)

Manifestantes em Kigali pedem a libertação de Karake: o general Karake, personalidade-chave do regime de Ruanda, foi preso em 20 de junho no aeroporto de Heathrow, em Londres (AFP / Cyril Ndegeya)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2015 às 14h17.

A justiça britânica anunciou nesta segunda-feira que abandonou o processo de extradição aberto em junho contra o chefe da inteligência de Ruanda, Emmanuel Karenzi Karake, preso em Londres a pedido da Espanha.

"O procedimento foi interrompido hoje", segunda-feira, declarou um porta-voz do tribunal de Westminster Magistrate, em Londres. Ele acrescentou que "os encargos mencionados no mandado" não se inserem no âmbito das infracções previstas pelos processos de extradição britânicos.

O general Karake, personalidade-chave do regime de Ruanda, foi preso em 20 de junho no aeroporto de Heathrow, em Londres, a pedido da Espanha, que o acusa de "crimes de terrorismo" em conexão com a morte ou o desaparecimento de nove espanhóis em Ruanda, incluindo três trabalhadores humanitários da organização Médicos do Mundo.

Ele foi libertado sob fiança alguns dias depois à espera de uma decisão sobre o mérito.

A justiça espanhola investiga desde 2008 este caso. Segundo a acusação, o general Karake teria "sido informado e aprovado o massacre de civis entre 1994 e 1997 nas cidades de Ruhengeri, Gisenyi e Cyangugu, incluindo a morte de três trabalhadores humanitários espanhóis".

O general Karake é uma figura da ex-rebelião da Frente Patriótica Ruandesa (RPF), majoritariamente tusti e liderada por Paul Kagame, que encerrou o genocídio de 1994 e governa o país desde então.

No final de junho, Paul Kagame denunciou a prisão, citando a "arrogância e desprezo absoluto" do Ocidente.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEuropaJustiçaPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Eleições na Irlanda: três partidos têm chance de vitória na disputa desta sexta

Presidente do México diz que “não haverá guerra tarifária” com EUA por causa de Trump

Austrália proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais

Putin ameaça usar míssil balístico de capacidade nuclear para bombardear Ucrânia