Hammond negou que tenha sido detectada uma 'ameaça militar crível' por parte da Argentina (AFP/Arquivo / Daniel Garcia)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2012 às 15h36.
Londres - O ministro da Defesa britânico, Philip Hammond, disse nesta segunda-feira que a presença militar do Reino Unido nas Malvinas não aumentou recentemente, já que não existe 'uma ameaça militar crível' por parte da Argentina.
Em um discurso perante o Parlamento, Hammond explicou que, apesar das especulações dos meios de comunicação, não houve recentemente uma mudança nos níveis de soldados militares desdobrados na região e que 'não há planos para uma mudança significativa' neste sentido.
O titular de Defesa insistiu também que o governo britânico 'não tem nenhum desejo ou intenção de aumentar a intensidade' do debate em torno da soberania das ilhas.
Seus comentários responderam à pergunta da parlamentar conservadora Amber Rudd que queria saber se o ministro tinha a 'certeza' que o Reino Unido conta com 'suficiente presença naval na área para enfrentar um ataque naval'.
Com relação a este ponto, Hammond negou que tenha sido detectada uma 'ameaça militar crível' por parte da Argentina, mas garantiu que 'o governo de Vossa Majestade está comprometido com a defesa do direito de autodeterminação dos habitantes das Malvinas'.
O ministro revelou que existem planos para um rápido fortalecimento das forças navais, terrestres e aéreas nas ilhas e nos seus arredores no caso de uma ameaça.
As relações anglo-argentinas atravessam momentos difíceis pela reivindicação argentina das ilhas e pela presença nelas do príncipe William, segundo na linha sucessória do trono britânico, além do envio de um navio de guerra do Reino Unido.
A Argentina, que reivindica a soberania das ilhas desde 1833, apresentou no início de fevereiro uma queixa formal perante as Nações Unidas por considerar que o Reino Unido está militarizando o Atlântico Sul com o envio desse navio.