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Reino Unido não planeja sanções à Rússia por intoxicação de casal

Britânicos foram encontrados inconscientes em casa após terem sido envenenados com substância projetada pela Rússia entre os anos 1970 e 1990

Novichok: Investigadores buscam objeto que contaminou casal na Inglaterra (Henry Nicholls/Reuters)

Novichok: Investigadores buscam objeto que contaminou casal na Inglaterra (Henry Nicholls/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de julho de 2018 às 11h18.

Última atualização em 8 de julho de 2018 às 11h19.

Londres, 8 jul (EFE).- O ministro do Interior britânico, Sajid Javid, garantiu neste domingo (8) que "não há planos" de promover novas sanções contra a Rússia pela recente intoxicação de um casal inglês com o agente nervoso Novichok, projetado pelo Estado russo entre os anos 70 e 90.

Javid visitou no domingo as cidades de Salisbury e Amesbury, no condado de Wiltshire, onde viviam respectivamente Dawn Sturgess, de 44 anos, e Charlie Rowley, de 45, que adoeceram no sábado na casa dele após supostamente terem entrado em contato com o agente tóxico.

A polícia acredita que o casal, que, segundo a imprensa, tinha problemas com drogas e álcool, pôde ter se intoxicado ao manipular algum objeto contaminado com a substância, que foi utilizada em um suposto ataque em 4 de março em Salisbury contra o ex-espiã russo Serguei Skripal e sua filha Yulia, que o Governo britânico atribuiu ao Kremlin.

Os agentes acreditam que o objeto, possivelmente uma seringa ou outro recipiente, estava em uma localização diferente às quais os Skripal tinha frequentado e que já tinham sido limpas em março pelo pessoal especializado.

Como consequência do suposto ataque contra os Skripal, que eventualmente se recuperaram, o Reino Unido expulsou 23 de 58 diplomatas russos credenciados neste país e promoveu outras sanções diplomáticas e econômicas.

Após voltar a pedir explicações à Rússia nesta semana no Parlamento britânico, Javid disse hoje que "não se deve correr para tirar conclusões".

"Os especialistas determinaram claramente que o agente nervoso neste fato é exatamente o mesmo usado em março", declarou o ministro aos jornalistas.

"Sabemos que em março foram os russos. Sabemos deste ato desumano e bárbaro por parte do Estado russo. Quanto a este outro fato, devemos conhecer mais detalhes e deixar que a Polícia faça seu trabalho", afirmou.

Por causa das recentes acusações de Javid, o Governo russo acusou o britânico de "jogos políticos sujos" e de "assustar" seus próprios cidadãos.

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