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Reino Unido não descarta possibilidade de atacar Kadafi

Ministros das Relações Exteriores e da Defesa não negaram que ditador líbio pode se tornar um alvo

William Hague, chanceler britânico: Itália e Alemanha preferiram criticar a intervenção (Brendon Thorne/Getty Images)

William Hague, chanceler britânico: Itália e Alemanha preferiram criticar a intervenção (Brendon Thorne/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 11h01.

Londres - O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, recusou-se nesta segunda-feira a descartar que o ditador líbio, Muammar Kadafi, não se tornará alvo dos bombardeios na Líbia, negando-se a "especular" sobre os objetivos e dizendo que tudo dependerá das "circunstâncias".

"Os objetivos deste tipo de ataque estarão sempre de acordo com a resolução das Nações Unidas, e esta, naturalmente, destaca a proteção da população", disse Hague à rádio BBC.

"Não vou entrar em detalhes sobre o que ou quem pode se tornar alvo", acrescentou.

Perguntado se a Grã-Bretanha teria autoridade para matar Kadafi se ele continuar a atacar o próprio povo, Hague respondeu: "Não vou especular sobre os objetivos (...), isto dependerá das circunstâncias do momento".

O ministro britânico da Defensa, Liam Fox, já havia mencionado no domingo a "possibilidade" de Kadafi tornar-se alvo da operação "Alvorada da Odisséia", embora o secretário americano da Defesa, Robert Gates, tenha indicado que esta opção seria "insensata".

A Itália nega que a coalizão internacional execute uma "guerra" contra a Líbia, afirmou em Bruxelas o ministro das Relações Exteriores de Roma, Franco Frattini.

"Isto não deveria ser uma guerra contra a Líbia, e sim a aplicação na íntegra da resolução da ONU", declarou Frattini à imprensa antes de uma reunião dos chefes da diplomacia dos países da União Europeia (UE).

Um pouco antes, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, afirmou que as críticas da Liga Árabe reforçaram as dúvidas de Berlim sobre os bombardeios na Líbia.

"Afirmamos de maneira clara desde o princípio que não participaríamos nesta operação da coalizão internacional", disse.

"Isto significa que consideramos que há riscos na operação em curso. E quando ouvimos o que disse a Liga Árabe ontem (domingo), lamentavelmente comprovamos que tínhamos motivos para estar preocupados".

O secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Amr Musa, criticou os bombardeios da coalizão internacional contra a Líbia, por considerar que se afastaram do objetivo de impor uma zona de exclusão aérea.

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