O Reino Unido, a França e a Alemanha pediram nesta quarta-feira, 23, que Israel desbloqueie o fluxo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza a fim de atender às necessidades da população civil e reiteraram sua "indignação" com os recentes ataques das forças israelenses contra pessoal humanitário, infraestrutura e centros de saúde.

Em uma declaração conjunta, as missões diplomáticas dos três países destacaram que Israel bloqueou completamente a entrada de ajuda humanitária na Faixa por mais de 50 dias, deixando suprimentos essenciais indisponíveis ou prestes a esgotar.

"A população civil palestina, incluindo um milhão de crianças, enfrenta um grave risco de fome, doenças epidêmicas e morte. Isso precisa acabar", enfatizaram os três países, que acrescentaram que a ONU e ONGs internacionais conseguiram distribuir ajuda, mas a decisão israelense de bloquear a entrada de suprimentos em Gaza "é intolerável".

A declaração frisa que a ajuda humanitária "nunca deve ser usada como uma ferramenta política, e o território palestino não deve ser reduzido ou submetido a qualquer mudança demográfica".

Israel está obrigado, pelo direito internacional, a permitir a passagem "sem impedimentos" de ajuda humanitária, lembrou a declaração, ressaltando que a ajuda humanitária deve poder chegar aos mais necessitados, com independências das partes em conflito e de acordo com os princípios humanitários.

"Reiteramos nossa indignação com os recentes ataques das forças israelenses contra pessoal humanitário, infraestrutura, instalações e centros de saúde. Israel deve redobrar seus esforços para proteger a população civil, a infraestrutura e os trabalhadores humanitários", salientaram.

Por fim, pediram que todas as partes restabeleçam o cessar-fogo e exigiram ao Hamas que liberte imediatamente todos os reféns restantes