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Reino Unido fecha embaixada na Síria e retira diplomatas

Segundo o governo britânico, a decisão não diminui o compromisso de manter a pressão sobre o regime de Damasco para pôr fim à violência

William Hague, o ministro das Relações Exteriores: 'vamos trabalhar com o Conselho Nacional Sírio para apoiar uma oposição síria mais unida e representativa' (Kerim Okten/AFP)

William Hague, o ministro das Relações Exteriores: 'vamos trabalhar com o Conselho Nacional Sírio para apoiar uma oposição síria mais unida e representativa' (Kerim Okten/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2012 às 08h50.

Londres - O governo do Reino Unido fechou sua embaixada em Damasco e retirou a equipe diplomática pela 'deterioração da segurança' na Síria, informou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague.

Em declaração parlamentar por escrito, Hague afirmou que o escritório diplomático foi fechado na quarta-feira, mas esclareceu que a decisão não diminui o compromisso de seu país em manter a pressão sobre o regime de Damasco para pôr fim à violência.

O Governo britânico reivindicou diversas vezes o regime sírio de Bashar al Assad a suspensão da violência contra civis, além de pedir que não atacasse a cidade de Homs e permitisse a entrada de ajuda humanitária.

Segundo o comunicado de William Hague, o embaixador britânico na Síria, Simon Collins, e sua equipe diplomática deixaram a Síria na quarta-feira e retornarão em breve ao Reino Unido.

Diante dessa situação, Hague pediu aos britânicos que ainda continuam na Síria e precisam de ajuda consular que entrem em contato com as outras embaixadas da União Europeia (UE) que permanecem abertas em Damasco.

O ministro expressou o apoio do Reino Unido à missão de paz do ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan como enviado especial da ONU e da Liga Árabe na Síria.

'Vamos trabalhar com o Conselho Nacional Sírio para apoiar uma oposição síria mais unida e representativa, com a visão de uma Síria pacífica, multiétnica e mais democrática', ressaltou o chefe da diplomacia britânica.

De acordo com Hague, o Reino Unido manteve aberta a embaixada apesar da violência para acompanhar mais de perto a situação, mas considerou que a deterioração da segurança no país colocava 'em risco' sua equipe diplomática.

Hague demonstrou na quarta-feira 'espanto' com a informação de que o regime de Assad está preparando um ataque terrestre em grande escala contra a cidade de Homs, fez apelo às tropas do Exército sírio para que deixassem de atacar a população e defendeu que, se não o fizerem, terão de prestar contas por suas ações.

O Exército sírio lançou constantes bombardeios contra o reduto opositor de Baba Amr na cidade de Homs enquanto Damasco rejeita o pedido da ONU de visitar o país para avaliar a situação da população. EFE

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