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Reino Unido espera que Trump seja firme com Moscou, diz ministro

O ministro diz não ser contra a relação entre os países, mas considera que os americanos não devem tratar Moscou "como um parceiro"

Vladimir Putin: "Creio que Putin está provocando a aliança e temos que responder" (Sergei Karpukhin / Reuters)

Vladimir Putin: "Creio que Putin está provocando a aliança e temos que responder" (Sergei Karpukhin / Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 11h04.

Londres - O ministro da Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, disse nesta segunda-feira que o governo britânico espera que Donald Trump seja "firme" com Moscou e negou que seu país possa ficar isolado pela admiração do presidente eleito dos Estados Unidos a Vladimir Putin.

"Acredito que deve-se distinguir a retórica da campanha (presidencial) do presidente eleito Trump e o que diz na prática. Todas as administrações americanas sempre foram firmes com a Rússia", declarou Fallon à emissora "BBC".

O ministro acrescentou que não é contra a relação entre EUA e Rússia, mas considerou que os americanos não devem tratar Moscou de maneira normal, "como um parceiro, por assim dizer" nas relações internacionais.

Perguntado sobre se tem contato com a nova equipe republicana que fará parte do próximo governo americano, Fallon afirmou que há membros do governo britânico "conversando com assessores Trump".

Na opinião do ministro, o presidente russo, Vladimir Putin, está tentando provocar a aliança ocidental com o envio bombardeiros russos à área próxima à jurisdição britânica, além da atividade submarina, e com manobras perto dos países bálticos e da costa polonesa.

"Creio que Putin está provocando a aliança e temos que responder", afirmou o titular da Fallon.

"Temos que deixar claro que a Otan é uma aliança defensiva, mas igualmente está preparada para sair em defesa dos membros que se sentirem muito vulneráveis, particularmente no flanco do leste", acrescentou.

Trump gerou inquietação na Aliança Atlântica ao sugerir durante sua campanha eleitoral que os Estados Unidos não cumpririam com suas obrigações de defesa coletiva se os países bálticos fossem atacados, a não ser que aumentassem seu orçamento militar.

O governo britânico realiza nesta segunda-feira uma cúpula bilateral com a primeira-ministra polonesa, Beata Szydlo, para abordar os vínculos comerciais, culturais e de defesa, além do "Brexit".

Espera-se que durante a reunião, a chefe do governo britânico, Theresa May, e Szydlo apresentem detalhes sobre o desdobramento de 150 tropas britânicas na Polônia como parte das medidas da Otan para apoiar o país perante a crescente inquietação sobre as atividades militares da Rússia.

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