Iraque: refugiados da minoria Yazidi fogem do Estado Islâmico no Iraque, indo para a Síria (Reuters/Rodi Said)
Da Redação
Publicado em 11 de agosto de 2014 às 14h14.
Londres - Cresceu a pressão nesta segunda-feira para o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, a fazer mais pelo Iraque, com alguns integrantes de seu próprio partido sugerindo que o Parlamento interrompa o recesso de verão para votar uma eventual ofensiva militar do país contra militantes islâmicos.
Aviões de carga britânicos, carregados com água potável e barracas, têm lançado ajuda humanitária sobre o Iraque, com foco principalmente na comunidade dos Yazidis, uma minoria perseguida por radicais nas montanhas de Sinjar, no norte do país. Desde sexta-feira, os EUA vêm bombardeando o Iraque numa tentativa de auxiliar forças curdas e iraquianas que combatem os militantes.
Porém, com a mídia britânica relatando histórias de sofrimento e atrocidades, aumentou a pressão para uma participação mais efetiva do Reino Unido no conflito. O jornal Daily Mail, por exemplo, publicou uma foto de Cameron caminhando descalço em uma praia sob a manchete "Agora o Reino Unido deveria se juntar aos ataques aéreos lançados contra fanáticos, dizem parlamentares".
O legislador Conor Burns está liderando os pedidos de que o Parlamento seja convocado, com o argumento de que lançar ajuda humanitária não é suficiente para ajudar "irmãos e irmãs cristãos".
Já o prefeito de Londres, Boris Johnson, integrante proeminente do governista Partido Conservador, também pediu que o Reino Unido contribua mais com o Iraque ao defender, no Daily Telegraph, que é necessário agir para evitar a "disseminação de fanáticos, semelhante à do ebola".
Fonte: Associated Press.