Mundo

Reino Unido diz levar 'muito a sério' ameaças de interferência eleitoral

Polícia criou uma nova unidade para lutar contra as ameaças de interferência às vésperas das eleições, previstas para o final de 2024

Buckingham palácio londres reino unido monarquia britânica (Sergey Strelkov/Getty Images)

Buckingham palácio londres reino unido monarquia britânica (Sergey Strelkov/Getty Images)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 21 de janeiro de 2024 às 13h24.

O Reino Unido leva "muito a sério" as ameaças de interferência estrangeira nas eleições previstas para este ano, declarou o ministro da Defesa, Grant Shapps, neste domingo, 21, após a advertência de uma autoridade antiterrorista.

"Obviamente é algo que levamos muito a sério", afirmou Shapps ao canal Sky News. As organizações antiterroristas e outras instituições "estarão muito atentas a isso", acrescentou.

O chefe da luta antiterrorista no Reino Unido, Matt Jukes, declarou na sexta-feira, 19, que as ameaças de espionagem de países estrangeiros como China, Rússia e Irã são maiores agora do que "desde os tempos da Guerra Fria".

Estratégias contra possíveis interferências

Jukes afirmou que a polícia criou uma nova unidade para lutar contra as ameaças de interferência às vésperas das eleições, previstas para o final de 2024.

Em novembro, um relatório da empresa de software americana Microsoft afirmou que Rússia, Irã e China provavelmente realizarão sofisticados esforços de influência e interferência antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos em 2024 e de outros pleitos cruciais em todo o mundo.

De acordo com o documento, os três países podem tentar influenciar a situação geopolítica a seu favor no caso de atuais ou possíveis conflitos regionais. Estas tentativas podem ocorrer em plataformas digitais diferentes das utilizadas nas eleições de 2016 e 2020.

Jukes alertou, ainda, que o conflito no Oriente Médio provocou o aumento das atividade extremistas e que o Reino Unido enfrenta "um momento de radicalização". Segundo ele, houve um aumento de 25% nas informações sobre terrorismo e extremismo violento que circulam pelos sistemas policiais, "um aumento significativo" em comparação aos "níveis habituais".

"Eu descreveria a velocidade e a escala do impactos destes acontecimentos globais como extraordinários", declarou, citado pela imprensa local.

Acompanhe tudo sobre:Reino UnidoEleições 2024

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos