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Reino Unido cria secretaria para tratar de problema da solidão

A nova secretaria, vinculada ao Ministério de Cultura, Esporte e Sociedade Civil, vai tratar do problema da solidão, que afeta mais de 9 milhões de pessoas

Reino Unido: a primeira-ministra confirmou que este projeto continuará com o legado de Jo Cox (Carl Court/Getty Images)

Reino Unido: a primeira-ministra confirmou que este projeto continuará com o legado de Jo Cox (Carl Court/Getty Images)

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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 16h34.

Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou nesta quarta-feira a criação de uma Secretaria de Estado, vinculada ao Ministério de Cultura, Esporte e Sociedade Civil, para tratar do problema da solidão, que afeta mais de 9 milhões de pessoas, entre jovens e idosos, no Reino Unido.

Segundo informou Downing Street, o escritório oficial da chefe de governo, Tracey Crouch - de 42 anos e atual secretária de Esporte e Sociedade Civil - assumirá esta nova função, que terá como objetivo agir contra a solidão entre "as pessoas idosas, aquelas que perderam entes queridos e as que não têm com quem conversar".

Tracey seguirá com a iniciativa promovida pela deputada Jo Cox, que foi assassinada em junho de 2016, após receber várias facadas e disparos de um homem relacionado com a extrema-direita.

Em um comunicado, May destacou que Jo Cox reconheceu o aumento do problema da solidão no Reino Unido e fez tudo o que pôde para ajudar os afetados.

A primeira-ministra confirmou que este projeto continuará com o legado de Jo Cox e indicou que trabalhará com os diferentes atores relacionados com o problema para criar uma estratégia de governo.

Estima-se que a metade das pessoas de 75 anos ou mais - que são cerca de 2 milhões no Reino Unido - vivem sozinhas, muitas delas sem se relacionar com outras pessoas durante dias, inclusive semanas.

Tracey ressaltou que Cox "se preocupou com muita devoção" com este drama social, por isso o governo britânico "honrará sua memória com soluções, ajudando milhões de pessoas no Reino Unido que se sentem sozinhas".

O viúvo da ex-parlamentar escreveu em seu perfil pessoal do Twitter que "uma das coisas mais duras de perder Jo é saber que ela poderia ter feito muitas coisas diferentes neste mundo".

"Apesar de ela já não estar mais aqui, continua fazendo do mundo um lugar melhor", afirmou o viúvo.

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