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Reino Unido convocará embaixador russo por caso Litvinenko

Em declaração na Câmara dos Comuns, Mai também informou que decidiu congelar os ativos dos dois suspeitos do assassinato de Litvinenko


	Mural do ex-espião russo: "O contínuo fracasso da Rússia para permitir que os autores deste terrível crime possam ser levados à justiça é inaceitável"
 (Natalia Kolesnikova / AFP)

Mural do ex-espião russo: "O contínuo fracasso da Rússia para permitir que os autores deste terrível crime possam ser levados à justiça é inaceitável" (Natalia Kolesnikova / AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2016 às 11h26.

Londres - O Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido convocará nesta quinta-feira o embaixador da Rússia em Londres, Alexander Yakovenko, para conversar sobre a investigação do assassinato do ex-espião Alexander Litvinenko, anunciou a ministra de Interior, Theresa May.

Em declaração na Câmara dos Comuns, Mai também informou que decidiu congelar os ativos dos dois suspeitos do assassinato de Litvinenko, os cidadãos russos Andrei Lugovoi e Dmitri Kovtuv.

Mai considerou "extremamente perturbadora" a conclusão do juiz Robert Owen em sua investigação pública sobre o caso, de que o governo russo esteve "provavelmente" envolvido na morte do ex-agente.

"Isto foi uma violação inaceitável e flagrante dos princípios mais fundamentais da lei internacional e do comportamento civil, mas temos que reconhecer que não foi uma surpresa", confessou a ministra, que garantiu que o governo britânico está levando este assunto "muito a sério".

Sobre a convocação do embaixador russo no Reino Unido, prevista para esta tarde, a ministra de Interior revelou que o governo britânico expressará seu "profundo mal-estar diante do fracasso da Rússia em cooperar e proporcionar respostas satisfatórias".

Mai lembrou que continuam em vigor as ordens de detenção internacional para Lugovoi e Kovtun, cujos ativos foram congelados.

A ministra informou que enviou o caso à procuradoria pública britânica, em carta que pede que considerem que "outras medidas" podem ser adotadas para conseguir a extradição dos principais suspeitos na morte do ex-espião.

"O contínuo fracasso da Rússia para permitir que os autores deste terrível crime possam ser levados à justiça é inaceitável", asseverou.

A investigação, segundo a política, "confirma as avaliações de sucessivos governos de que este foi um ato aprovado por um Estado".

Mai lembrou que a investigação da Polícia Metropolitana de Londres sobre o assassinato de Litvinenko continua aberta.

"O governo continua comprometido em perseguir que se faça justiça neste caso", reforçou a ministra, que confia que as conclusões da investigação pública darão um pouco de "clareza" à família e aos amigos de Litvinenko.

O juiz Robert Owen apresentou hoje seu relatório, que concluiu que o presidente Vladimir Putin "provavelmente" aprovou o assassinato de Litvinenko, envenenado em 23 de novembro de 2006 após tomar chá em um hotel londrino com seus ex-colegas de espionagem, Andrei Lugovoi e Dmitry Kovtun.

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