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Reino Unido convoca embaixador chinês devido protestos

O governo britânico convocará o embaixador da China para pedir explicações pela situação em Hong Kong, antiga colônia britânica


	Manifestantes pró-democracia nas ruas de Hong Kong
 (Philippe Lopez/AFP)

Manifestantes pró-democracia nas ruas de Hong Kong (Philippe Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 13h59.

Londres - O governo britânico anunciou nesta terça-feira que convocará o embaixador da China para pedir explicações pela situação em Hong Kong, antiga colônia britânica, onde milhares de pessoas exigem maior democracia de Pequim.

"Convocarei o embaixador chinês para expressar minha consternação e choque pela maneira como as autoridades de Pequim parecem decididas a negar ao povo de Hong Kong o que ele tem todo o direito de esperar, que são eleições livres, justas e abertas", declarou à imprensa o vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg.

Horas antes, o primeiro-ministro David Cameron disse que estava profundamente preocupado com os protestos em Hong Kong e lembrou que a China se comprometeu a preservar a democracia na antiga colônia britânica quando a transferência de soberania foi acordada.

O Reino Unido cedeu Hong Kong em 1997 sob um acordo que criou o princípio de "um país, dois sistemas", que faria com que a China, um regime comunista, preservasse o sistema capitalista e o modo de vida da antiga colônia ao menos até 2047.

Quando em uma entrevista à rede de televisão Sky News foi perguntado se estava particularmente preocupado com os protestos de milhares de pessoas que exigem de Pequim uma democracia verdadeira, Cameron respondeu: "É claro, sinto uma grande obrigação".

"Quando alcançamos um acordo com a China havia detalhes no acordo sobre a importância de dar ao povo de Hong Kong um futuro democrático sob a égide dos dois sistemas", sustentou.

"Então efetivamente estou profundamente preocupado pelo que está ocorrendo e espero que se resolva", explicou.

Os manifestantes exigem em particular um sufrágio universal sem restrições e rejeitam que nas eleições de 2017 Pequim mantenha o controle sobre os candidatos a chefe do governo local.

As autoridades chinesas chamaram as manifestações de ilegais.

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