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Reino Unido aplica sanções contra filhas de Putin e Lavrov

Em comunicado, o governo britânico informou que busca mirar no "luxuoso" estilo de vida do círculo íntimo do Kremlin

Katerina Tikhonova, uma das filhas de Putin: alvo de sanções (Andrey Rudakov/Bloomberg/Getty Images)

Katerina Tikhonova, uma das filhas de Putin: alvo de sanções (Andrey Rudakov/Bloomberg/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de abril de 2022 às 10h32.

Última atualização em 8 de abril de 2022 às 12h11.

O Reino Unido aplicou nesta sexta-feira, 8, sanções contra filhas do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e do ministro das Relações Exteriores do país, Sergey Lavrov, após os Estados Unidos anunciarem medidas semelhantes.

Em comunicado, o governo britânico informou que busca mirar no "luxuoso" estilo de vida do círculo íntimo do Kremlin.

Katerina Vladimirovna Tikhonova e Maria Vladimirovna Vorontsova, filhas de Putin, e Yekaterina Sergeyevna Vinokurova, filha de Lavrov, estarão sujeitas a proibições de viagem e congelamento de bens, de acordo com a nota.

VEJA TAMBÉM: O que se sabe sobre as filhas de Putin, sancionadas pelos EUA 

As ações foram coordenadas com a Casa Branca, em esforços para punir Moscou pela ofensiva militar empreendida na Ucrânia. De acordo com o governo, mais de US$ 275 bilhões em bens russos foram congelados desde o início da invasão. A estimativa é de que as políticas empurrem a Rússia à mais profunda recessão desde o colapso da União Soviética, com tombo projetado do Produto Interno Bruto (PIB) entre 8,5% e 15% este ano, ainda conforme o comunicado.

A secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, afirmou que as sanções já dão resultado, mas defendeu que o Ocidente precisa aplicar ainda mais pressão contra o Kremlin. "Por meio do G-7, estamos trabalhando com parceiros para acabar com o uso da energia russa e abalar ainda mais a capacidade de Putin de financiar sua invasão ilegal e injustificada da Ucrânia", disse.

Japão

O Japão anunciou nesta sexta-feira que vai banir importações de carvão da Rússia e expulsar oito diplomatas russos, em reação à invasão da Ucrânia por tropas de Moscou. O primeiro-ministro Fumio Kishida disse que o Japão também irá suspender importações de madeira, vodca e de outros bens russos, além de proibir novos investimentos japoneses na Rússia.

Além disso, o Japão irá ampliar sanções financeiras a bancos russos e congelar os ativos de cerca de mais 400 indivíduos e grupos, incluindo organizações ligadas às forças militares.

Em coletiva de imprensa, Kishida disse que a Rússia deve ser responsabilidade por "crimes de guerra" na Ucrânia, incluindo atrocidades contra civis e ataques a instalações nucleares.

"Estamos num momento crítico de nossos esforços para fazer a Rússia interromper essa cruel invasão e restaurar a paz", disse Kishida. "Todo mundo, por favor, coopere." O premiê disse ainda que o Japão vai estudar formas de reduzir sua dependência de outros produtos de energia da Rússia, incluindo o petróleo. 

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