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Rei saudita e presidente turco conversam por telefone sobre caso Khashoggi

Foi a segunda conversa telefônica realizada pelos líderes desde o desaparecimento do repórter, que não voltou a ser visto após entrar no consulado saudita

Imagem de câmara de segurança mostra Jamal Khashoggi entrando no consulado saudita em Istambul, Turquia: Erdogan e Bin Abdulaziz ressaltaram a importância de seguir com a colaboração para resolver o caso (Reuters TV/Reuters)

Imagem de câmara de segurança mostra Jamal Khashoggi entrando no consulado saudita em Istambul, Turquia: Erdogan e Bin Abdulaziz ressaltaram a importância de seguir com a colaboração para resolver o caso (Reuters TV/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de outubro de 2018 às 10h03.

Istambul - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, conversaram por telefone na noite de sexta-feira, aparentemente poucos momentos antes que Riad admitir pela primeira vez que o jornalista Jamal Khashoggi morreu no consulado saudita, em Istambul, no último dia 2, informou hoje o canal "NTV".

Foi a segunda conversa telefônica realizada pelos líderes desde o desaparecimento do repórter, que não voltou a ser visto após entrar no consulado saudita.

Segundo informaram fontes da presidência para a emissora, Erdogan e Bin Abdulaziz ressaltaram a importância de seguir com a colaboração para resolver o caso.

Ao fazer revelar hoje os primeiros resultados preliminares da sua investigação, a Promotoria Geral do reino sustentou que Khashoggi morreu em um "confronto com as mãos", uma "briga" que aconteceu após suas conversas com as pessoas que o receberam no consulado.

Além disso, informou sobre as prisões de 18 pessoas de nacionalidade saudita supostamente vinculada ao caso, e da destituição do subdiretor dos serviços secretos do país, disse a agência oficial saudita "SPA".

Inicialmente, Riad havia afirmado que o jornalista tinha saído vivo do consulado em Istambul, rejeitando as acusações dele ter sido assassinado no local.

A versão saudita contrasta com a da mídia turca e americana, em que Ancara tem provas que Khashoggi foi torturado e assassinado por agentes sauditas ligados ao príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, que tinham viajado para Istambul.

As autoridades turcas, que realizam as suas próprias investigações, não confirmaram oficialmente as informações da imprensa até agora.

Também não se sabe sobre as reações do governo turco à publicação da versão saudita dos acontecimentos, nem se Bin Abdulaziz falou disso com Erdogan.

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