Mundo

Rei saudita cria centro de ajuda humanitária ao Iêmen

Salman bin Abdelaziz advertiu que atualmente é preciso duplicar os esforços para conter "as ambições expansionistas que ameaçam a região"


	Salman bin Abdelaziz advertiu que atualmente é preciso duplicar os esforços para conter "as ambições expansionistas que ameaçam a região"
 (Erin A. Kirk-Cuomo/Fotos Públicas)

Salman bin Abdelaziz advertiu que atualmente é preciso duplicar os esforços para conter "as ambições expansionistas que ameaçam a região" (Erin A. Kirk-Cuomo/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2015 às 12h19.

Riad - O rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdelaziz, anunciou nesta terça-feira a criação de um centro com sede em Riad para oferecer ajuda humanitária ao Iêmen em coordenação com a ONU.

O monarca fez o anúncio em seu discurso de abertura de uma reunião consultiva dos chefes de Estado dos países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), à qual o presidente francês, François Hollande, foi como convidado de honra.

Ao começo de seu discurso, Salman agradeceu "as posturas positivas" da França na região do Golfo Pérsico.

O rei explicou que adotou a decisão de intervir no Iêmen, na liderança de uma coalizão árabe, "para cessar a deterioração de sua situação e pela rejeição dos golpistas (milicianos xiitas houthis) à iniciativa do CCG", que permitiu a transferência do poder no Iêmen em 2012.

"Prosseguiremos com nossos esforços para respaldar o Iêmen com todas nossas capacidades", ressaltou.

O rei advertiu, além disso, que atualmente é preciso duplicar os esforços para conter "as ambições expansionistas que ameaçam a região", em alusão ao Irã.

O rei saudita ressaltou que a operação "Devolução da Esperança" -que seguiu às operações militares da coalizão árabe no Iêmen- está baseada em uma resolução da ONU e desejou que seja acelerado seu cumprimento para impulsionar o diálogo nesse país.

Nesse sentido, Salman pediu a todas as forças políticas iemenitas que desejam a estabilidade para seu país se unir à conferência do diálogo nacional, que deve começar no dia 17 em Riad.

Ontem, o ministro saudita de Relações Exteriores, Adel al Yobeir, anunciou que seu governo estuda com os países da coalizão árabe suspender os bombardeios em algumas zonas do Iêmen para facilitar a chegada de ajuda humanitária.

Apesar do anúncio de finalização da operação "Tempestade de Firmeza" em 21 de abril, a coalizão continuou bombardeando posições dos rebeldes que controlam o norte do Iêmen e parte do sul.

Por outro lado, o rei reiterou hoje na cúpula que a Conferência de Genebra 1 é a fórmula para restabelecer a estabilidade e a segurança na Síria e que o regime de Bashar al Assad não deve desempenhar nenhum papel no futuro desse país.

Acompanhe tudo sobre:Arábia SauditaIêmenONU

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA