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Rei da moçarela italiana é detido por conexões com a máfia

Giuseppe Mandara, conhecido como o "Armani da Moçarela", mantinha relações comerciais com a organização criminosa Casalesi

Giuseppe Mandara, no centro, acompanhado por policiais da unidade anti-Máfia: segundo investigadores, sua empresa é acusada de enganar consumidores (AFP)

Giuseppe Mandara, no centro, acompanhado por policiais da unidade anti-Máfia: segundo investigadores, sua empresa é acusada de enganar consumidores (AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2012 às 11h31.

Roma - A polícia italiana prendeu nesta terça-feira o maior produtor de moçarela de búfala por suas conexões com a máfia napolitana, a Camorra.

Segundo os investigadores, Giuseppe Mandara, que sempre se apresentou como o "Armani da Moçarela", mantinha relações comerciais com a temida organização criminosa dos Casalesi, um dos clãs mais poderosos da Camorra.

A polícia apreendeu bens no valor de cerca de 100 milhões de euros pertencentes a Mandara, o dono de uma das maiores marcas de exportação de moçarela de búfala, que a Itália vende para vários países da Europa, assim como Japão e Estados Unidos.

A empresa de Mandara é acusada de ter enganado os consumidores misturando leite de búfala com leite de vaca e de etiquetar o queijo provolone comum como se fosse um queijo de maior qualidade.

O grupo de Mandara também é acusado de comercializar substâncias nocivas, depois que foram encontradas em suas instalações duas toneladas de moçarela contaminadas com pó de cerâmica.

Contatado pela AFP, um porta-voz do Gruppo Alival, o maior sócio de Mandara, se negou a comentar a notícia.

Em uma entrevista de 2010 publicada no site denaro.it, Mandara assegura que seu grupo emprega 180 pessoas e produz 78.000 queijos por dia.

Segundo a imprensa local, a companhia de Mandara produzia duas toneladas de moçarela de búfala por dia, tanto para o mercado interno como para a exportação.

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