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Rei da Arábia Saudita aparece após prisão de príncipes acusados de complô

A guarda real prendeu parentes acusados de ter preparado um golpe de Estado para derrubar o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman

Salman: O rei saudita aparece regularmente nas cerimônias oficiais, mas esta nova onda de repressão levantou rumores sobre o estado de saúde do monarca (Bandar Algaloud/Courtesy of Saudi Royal Court/Reuters)

Salman: O rei saudita aparece regularmente nas cerimônias oficiais, mas esta nova onda de repressão levantou rumores sobre o estado de saúde do monarca (Bandar Algaloud/Courtesy of Saudi Royal Court/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 8 de março de 2020 às 15h09.

Última atualização em 8 de março de 2020 às 15h14.

O rei Salman da Arábia Saudita apareceu na imprensa estatal neste domingo pela primeira vez após a prisão, há dois dias, de três príncipes, entre eles seu irmão e seu sobrinho, acusados de conspirar para derrubar o poderoso príncipe herdeiro.

A guarda real prendeu, na sexa-feira, o príncipe Ahmed bin Abdelaziz al Saud, irmão do rei, bem como um sobrinho do monarca, o príncipe Mohamed bin Nayef, acusados de ter preparado um golpe de Estado para derrubar o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, informaram várias fontes à AFP.

O irmão mais novo do príncipe Nayef, Nawaf bin Nayef, também foi detido. Tanto o irmão do rei, como o príncipe Mohamed bin Nayef tinham sido potenciais candidatos ao trono.

O rei saudita aparece regularmente nas cerimônias oficiais, mas esta nova onda de repressão levantou rumores sobre o estado de saúde do monarca, de 84 anos, e a possibilidade de que o príncipe Mohamed lhe suceda em breve.

Mas o rei Salman recebeu, neste domingo, vários embaixadores sauditas que juraram lealdade diante dele, segundo fotos publicadas pela agência de imprensa SPA e imagens difundidas pela emissora Al Ejbariya, dois meios estatais.

Desde que se tornou príncipe herdeiro em 2017, no lugar de Mohamed bin Nayef, bin Salman foi acusado de adotar uma repressão implacável contra todas as vozes discordantes, tanto dentro da família real como entre os intelectuais e ativistas dos direitos humanos.

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