Airbag: Takata e montadoras vinham adotando até agora uma abordagem direcionada em fazer o recall (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2014 às 10h36.
Washington - O órgão regulador norte-americano de segurança do trânsito ordenou a fornecedora japonesa Takata e cinco montadoras que expandam um recall regional de airbags potencialmente letais para todo o país, aumentando a pressão sobre a indústria para se mover mais rapidamente em um escândalo crescente.
A Administração Nacional de Segurança de Tráfego dos Estados Unidos (NHTSA, na sigla em inglês) também criticou a Takata pelo que classificou como "uma relutância de avançar" em um recall em todo o país, e disse que a companhia precisa ser transparente com o público norte-americano sobre os riscos de seus airbags.
A Takata e montadoras vinham adotando até agora uma abordagem direcionada em fazer o recall de veículos nos Estados Unidos com airbags que podem se romper ao serem acionados, lançando destroços dentro do carro. Cinco fatalidades, incluindo quatro nos EUA, foram ligadas aos airbags.
O recall regional nos EUA envolveu 4,1 milhões de carros em regiões quentes e úmidas onde os airbags podem estar mais propensos a falhar, incluindo os Estados da Flórida, Alabama, Mississipi, Georgia, Louisiana e partes do Texas perto do Golfo do México. A maioria destes carros foram fabricados pela Honda, maior cliente da Takata. Em uma teleconferência com repórteres na terça-feira, o vice-diretor da NHTSA David Friedman não quis estimar quantos mais carros seriam inclusos em um recall no país inteiro.
Cerca de 16 milhões de carros com airbags da Takata foram convocados para recall durante os últimos seis anos, com mais de 10 milhões destes nos Estados Unidos.