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Regime sírio pede isolamento de 'terroristas'

O governo convocou organizações internacionais para 'proteger a soberania dos Estados e sua independência'

Desde o início da revolta, há um ano, o presidente sírio Bashar al-Assad acusou 'grupos terroristas' de incitar a violência (Wikimedia Commons)

Desde o início da revolta, há um ano, o presidente sírio Bashar al-Assad acusou 'grupos terroristas' de incitar a violência (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 19h44.

Damasco - O Ministério das Relações Exteriores da Síria pediu nesta segunda-feira à ONU e à Organização da Conferência Islâmica (OCI) que ajam para evitar o apoio externo ao que chama de 'terroristas', acusados pelo regime de Damasco de serem os responsáveis pela violência que atinge o país há mais de um ano.

Em comunicado divulgado pela agência oficial de notícias 'Sana', o governo convocou essas e outras organizações internacionais para 'proteger a soberania dos Estados e sua independência', assim como a paz e a estabilidade no Oriente Médio e no mundo.

Esta mensagem foi enviada pelo Ministério coincidindo com a chegada à Síria de uma missão de observadores da ONU e da OCI para avaliar a situação humanitária 'in loco' e promover um cessar-fogo entre o regime e a oposição armada.

'Dezenas de sírios inocentes morreram, vítimas do terrorismo apoiado no exterior por atores regionais e internacionais que anunciaram de maneira explícita seu apoio com dinheiro e armas a estes grupos terroristas', ressalta o documento.

O Ministério parecia se referir aos vizinhos Catar e Arábia Saudita, pois Riad, por exemplo, considerou uma excelente ideia enviar armas aos grupos de oposição durante a recente reunião de países 'Amigos da Síria' realizada na Tunísia.

Desde o início da revolta, há um ano, o presidente sírio Bashar al-Assad acusou 'grupos terroristas' de incitar a violência que já custou a vida de mais de 8 mil pessoas, segundo dados da ONU.


'Os atentados suicidas e as explosões mortíferas nos bairros são uma violação dos direitos humanos', acrescentou o governo sírio.

No domingo, duas pessoas morreram e 30 ficaram feridas pela explosão de um carro-bomba em Aleppo, segunda maior cidade do país, em um bairro de maioria cristã.

Um dia antes, um duplo atentado em Damasco contra prédios das forças de segurança sírias causou a morte de pelo menos 27 pessoas e ferimentos em outras 140.

Já a oposição síria denunciou a morte de 50 pessoas em ações de repressão do governo nos últimos três dias. 

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