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Regime sírio diz que "centenas" de rebeldes morreram

Segundo fonte oficial, pelo menos 268 rebeldes morreram nos últimos combates


	Combatente do Exército Sírio Livre dispara rifle por um buraco na parede de uma base militar síria durante confronto no bairro de Arabeen, em Damasco
 (Goran Tomasevic/Reuters)

Combatente do Exército Sírio Livre dispara rifle por um buraco na parede de uma base militar síria durante confronto no bairro de Arabeen, em Damasco (Goran Tomasevic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 12h36.

Damasco - Centenas de rebeldes morreram ontem em alguns dos combates mais violentos registrados até agora entre as forças do regime sírio e opositores em torno de Damasco, disse nesta quinta-feira à Agência Efe uma fonte oficial, que acrescentou que a ofensiva dos sublevados acabou em "fracasso".

"Pelo menos 268 terroristas morreram nas localidades de Ghuta, Beit Sahem e Haran al Awamid, ao sul de Damasco", assegurou a fonte, que pediu o anonimato, antes de acrescentar que as forças governamentais retomaram o controle de duas áreas próximas ao aeroporto da capital.

A fonte informou que outros 200 insurgentes morreram em Daraya, a oeste de Damasco, e nos distritos de Yobar e Irbin, ao norte da cidade.

Ainda hoje foi possível escutar som de bombardeios e de tiros em várias regiões de Damasco, embora com menor intensidade que no dia de ontem.

Por enquanto, não se sabe o número exato de vítimas durante os confrontos de ontem.

Os choques foram entre várias facções rebeldes islamitas como a Frente al Nusra, supostamente vinculada à Al Qaeda, que ontem anunciou o lançamento da operação "Grande épica" para "libertar" a capital das forças do regime.


A agência de notícias oficial "Sana" informou ontem que o exército perseguiu os combatentes nas zonas de Zamalka, Harasta, e Sbeineh, na periferia da cidade, e causou grandes perdas entre "os terroristas", termo que o regime costuma empregar para designar os rebeldes.

A "Sana" desmentiu as informações divulgadas por alguns veículos de imprensa de que os combates haviam se aproximado do centro de Damasco, ao considerar que não tinham "fundamento" e eram "tentativas desesperadas de elevar o moral dos terroristas que fogem dos golpes das forças armadas".

Moradores da região afirmaram à Efe que o tráfego estava normal, e que apenas em uma estrada que leva a Yobar foi bloqueada.

Embora o governo tenha perdido o controle de algumas áreas das principais cidades, o manteve na capital, apesar das contínuas tentativas insurgentes de entrar no centro.

Ontem, no Cairo, o ministro de Relações Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, manifestou à Efe seu otimismo sobre um possível diálogo para solucionar a crise síria e afirmou que "está se reduzindo a brecha de divergências que existia".

Salehi acredita que está se iniciando uma etapa "em que há muito consenso nos pontos de vista", e acrescentou que espera que as partes envolvidas se comuniquem e cooperem entre si para encontrar uma solução para a crise. 

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