Segundo TV síria, as autoridades se empenham em reparar o que foi destruído pelos 'grupos terroristas' em Homs (AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de março de 2012 às 12h43.
Cairo - Ao menos 13 pessoas pertencentes a duas famílias morreram nesta terça-feira degoladas pelas forças de segurança sírias e pelos 'shabiha' (pistoleiros do regime) no bairro de Baba Amr, localizado em Homs.
Os Comitês de Coordenação Local (CCL) denunciaram que as forças do regime usaram facas para assassinar as vítimas e que este 'novo massacre' eleva para 16 o número de mortos desta terça-feira em Homs e 21 em todo o país.
De acordo com o comunicado dos CCL, outras duas pessoas morreram na cidade de Deraa, duas na localidade de Maaret Numan, na província de Idlib, e mais uma no bairro de Midan, em Damasco.
Já o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Síria, Saleh Dabakeh, explicou à Agência Efe que após várias tentativas, sua organização e o Crescente Vermelho sírio conseguiram entrar no bairro de Inshaat, próximo a Bab Amr, em Homs.
O porta-voz indicou também que as organizações conseguiram entregar ajuda humanitária aos moradores de Bab Amr refugiados em outros distritos próximos, apesar de ainda não terem conseguido entrar no bairro, alvo nas últimas quatro semanas de uma sangrenta ofensiva das Forças Armadas, com a autorização do regime.
As citadas organizações humanitárias alegam razões de segurança frente à versão oficial da televisão síria, que afirma que os trabalhos de reconstrução já começaram e que alguns dos moradores voltaram para suas casas quando a situação se estabilizou.
Segundo a emissora síria, que divulgou imagens de operários e guindastes retirando escombros, as autoridades se empenham em reparar o que foi destruído pelos 'grupos terroristas', que em sua opinião, são os responsáveis pela violência no país.
Dabakeh não confirmou a volta dos moradores a Baba Amr, mas apontou que 100 famílias retornaram ao bairro vizinho de Inshaat, também duramente atingido pela violência.