Farouk al Sharaa, vice-presidente sírio: reunião deve trazer projeto de lei para eleições (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2011 às 13h37.
Cairo - O regime sírio convocou nesta segunda-feira intelectuais e políticos do país para uma reunião consultiva para o dia 10 de julho com o objetivo de estudar a aprovação de novas leis e uma reforma da Constituição.
A chamada Associação do Diálogo Nacional, dirigida pelo vice-presidente Farouk al Sharaa, reuniu-se nesta segunda-feira para estabelecer a agenda da reunião e nortear os temas das conversas entre o regime e os opositores, revelou a agência de notícias estatal "Sana".
Os participantes do encontro "trataram a situação política e os avanços conquistados pelos partidos", assim como as contribuições que poderiam fazer os intelectuais ao debate, informou a agência.
Na conferência do próximo 10 de julho o regime espera colocar reformas na Constituição e os projetos de lei de eleições, de administrações locais e dos meios de comunicação.
"Sana" não revelou mais detalhes sobre a natureza das mudanças na Carta Magna, nem sobre o caráter das novas leis.
Além disso, a Associação do Diálogo Nacional abriu a porta aos cidadãos sírios para que participem "da construção de uma comunidade democrática diversa que faça realidade as expectativas do povo sírio".
Esta reunião transcorreu nesta segunda-feira paralelo a outra em Damasco na qual assistem ativistas opositores e nenhum responsável pelo regime participou.
Em 20 de junho, o presidente Bashar al-Assad destacou a importância de um diálogo nacional para sair da crise na Síria, palco de revoltas populares contra o regime desde meados de março.
Nessa alocução, denunciou a existência de "uma conspiração internacional" contra a Síria e queixou-se de "um pequeno grupo de sabotadores" que explora as demandas de mudança.
Assad reuniu-se nesta segunda-feira na capital com o membro do Congresso americano Dennis Kucinich e com o deputado britânico Brooks Newmark, aos quais ressaltou a importância de diferenciar entre as demandas legítimas dos sírios e os grupos armados.