Mundo

Regime líbio aceita negociar reformas sem saída de Kadafi

Segundo o porta-voz do governo, o líder Kadafi é a válvula de segurança para o país e para a unidade da população e das tribos

Trípoli está disposta a negociação com o ocidente, mas não permitirá que decidam o que o povo líbio deve fazer, diz porta-voz (Getty Images)

Trípoli está disposta a negociação com o ocidente, mas não permitirá que decidam o que o povo líbio deve fazer, diz porta-voz (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 22h52.

Trípoli - O regime líbio afirmou nesta segunda-feira que aceita negociar uma ampla reforma política, incluindo eleições ou um referendo, mas com a permanência do coronel Muammar Kadafi.

"A maneira como a Líbia é governada é um tema a parte. Que sistema político vamos aplicar neste país? Isto é negociável, podemos conversar, é possível fazer tudo, eleições, referendo e etc.", disse o porta-voz do governo líbio Mussa Ibrahim.

O porta-voz precisou que "o líder (Muammar Kadafi) é a válvula de segurança para o país e para a unidade da população e das tribos. Pensamos que ele é muito importante para qualquer transição a um modelo democrático e transparente".

Segundo Mussa, Trípoli está disposta a qualquer negociação com as potências ocidentais, mas não permitirá que "decidam o que o povo líbio deve fazer".

"Por que não nos dizem: 'queremos que o povo líbio decida se seu líder deve ficar ou partir'"? - questionou Mussa

O vice-ministro líbio das Relações Exteriores, Abdelati Obeidi, reuniu-se na noite de domingo, em Atenas, com o primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, e hoje estava na Turquia para negociar uma saída para a crise.

O regime de Kadafi "busca uma solução" na Líbia, revelou o ministro grego das Relações Exteriores, Dimitris Droutsas, depois do encontro em Atenas.

Kadafi apareceu em público na noite de hoje, em sua residência de Bab el Aziziya, em Trípoli, alvo de um míssil da coalizão no dia 20 de março passado.

Segundo a TV estatal líbia, Kadafi saudou seus partidários em Bab el Aziziya, em sua primeira aparição pública desde 22 de março passado.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDitaduraGuerrasLíbiaMuammar KadafiPolíticos

Mais de Mundo

Após G20, Brasil assume Brics em novo contexto global

Guerra na Ucrânia chega aos mil dias à espera de Trump e sob ameaça nuclear de Putin

Eleição no Uruguai: disputa pela Presidência neste domingo deverá ser decidida voto a voto

Eleições no Uruguai: candidato do atual presidente disputa com escolhido de Mujica