Mundo

Refugiados sírios na Jordânia exigem de Kerry ajuda dos EUA

Refugiados expressaram sua frustração com o fracasso da comunidade internacional em acabar com mais de dois anos de guerra civil na Síria


	O secretário americano de Estado, John Kerry: "não acho que seja tão simples como alguns deles consideram. Mas se eu estivesse no lugar deles eu estaria à procura de ajuda onde eu pudesse encontrar."
 (Mandel Ngan/AFP)

O secretário americano de Estado, John Kerry: "não acho que seja tão simples como alguns deles consideram. Mas se eu estivesse no lugar deles eu estaria à procura de ajuda onde eu pudesse encontrar." (Mandel Ngan/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 09h15.

Campo de refugiados Zaatari - Refugiados sírios cobraram com firmeza nesta quinta-feira o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, pedindo que os Estados Unidos criem uma zona de exclusão aérea e áreas de refúgio na Síria para protegê-los.

Visitando um campo com aproximadamente 115.000 refugiados sírios na Jordânia, a cerca de 12 km da fronteira com a Síria, Kerry passou cerca de 40 minutos com meia dúzia de refugiados, que expressaram sua frustração com o fracasso da comunidade internacional em acabar com mais de dois anos de guerra civil na Síria.

Ele disse aos refugiados que os EUA estão considerando várias opções, incluindo impor zonas de refúgio para a sua proteção, mas que a situação é muito complexa e que as alternativas ainda estão sob consideração.

"Onde está a comunidade internacional? O que vocês estão esperando?", disse a Kerry uma mulher síria, que não quis dar seu nome, no campo de refugiados de Zaatari, da ONU.

"Nós esperamos que você não volte para os Estados Unidos antes de se encontrar uma solução para a crise. Pelo menos impor uma zona de exclusão aérea ou um embargo." "Os EUA, como uma superpotência, podem mudar a equação na Síria em 30 minutos depois que você retornar a Washington." Acenando com uma caneta no ar e batendo na mesa, a mulher se referiu ao mês de jejum muçulmano do Ramadã, que termina em três semanas. Ela disse: "Sr. secretário, se a situação permanecer inalterada até o final do Ramadã, este campo ficará vazio. Nós vamos voltar para a Síria e vamos lutar com facas." "Você, como o governo dos EUA, olham para Israel com respeito. Vocês não podem fazer o mesmo com as crianças da Síria?" Kerry fez um sobrevoo na aérea tomada por barracas e casas pré-fabricadas dentro de contêineres, que formam, de longe, o maior campo de sírios na Jordânia. Ao encontrar refugiados em uma área administrativa cercada, ele reconheceu a frustração dos refugiados.

"Eles estão frustrado e zangados com o mundo por não interferir e ajudar", disse Kerry a repórteres.

"Expliquei a eles que eu não acho que seja tão simples como alguns deles consideram. Mas se eu estivesse no lugar deles eu estaria à procura de ajuda onde eu pudesse encontrar."

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)GuerrasJohn KerryPaíses ricosPolíticosSíria

Mais de Mundo

Relatório da Oxfam diz que 80% das mulheres na América Latina sofreram violência de gênero

Xi Jinping conclui agenda na América do Sul com foco em cooperação e parcerias estratégicas

Para ex-premier britânico Tony Blair, Irã é o principal foco de instabilidade no Oriente Médio

Naufrágio de iate turístico deixa pelo menos 17 desaparecidos no Egito