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Refugiados não podem ser discriminados por religião, diz ONU

Organização lembrou que nenhum país pode discriminar os refugiados por conta de suas religiões ou etnias


	Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria: país recebeu críticas por levantar uma cerca em fronteira com a Sérvia para não receber refugiados
 (Attila Kisbenedek/AFP)

Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria: país recebeu críticas por levantar uma cerca em fronteira com a Sérvia para não receber refugiados (Attila Kisbenedek/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 16h05.

Nações Unidas - A ONU lembrou nesta sexta-feira a todos os países que não se pode discriminar nenhum refugiado por sua religião, raça ou etnia e que devem assumir as responsabilidades que correspondem sob a legislação internacional.

"Do ponto de vista das Nações Unidas e desde um ponto de vista moral, os refugiados não devem ser tratados de forma distinta em função de sua religião, etnia ou raça", disse o porta-voz da organização Stéphane Dujarric, perguntado pelos comentários do presidente húngaro, Viktor Orbán.

Orbán, de visita em Bruxelas, sustentou na quinta-feira que a Hungria tem direito de decidir que não quer um grande número de muçulmanos em seu território e insistiu que "a única resposta" à crise migratória na Europa é reforçar as fronteiras.

O presidente húngaro insistiu hoje nessa linha e defendeu que se não forem protegidas as fronteiras, podem chegar ao continente dezenas de milhões de refugiados.

A Hungria recebeu nos últimos dias várias críticas por sua gestão da crise, entre outras coisas, por levantar uma cerca em sua fronteira com a Sérvia e bloquear a passagem de refugiados que querem atravessar seu território rumo a outros países.

Dujarric lembrou que todos os países têm que assumir suas responsabilidades sob a Convenção sobre o Estatuto dos Refugiados, a norma internacional que garante a proteção das pessoas refugiadas.

Desde Genebra, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), António Guterres, alertou hoje que é necessário criar 200 mil vagas para situar os refugiados que estão chegando à Europa e que o fracasso do continente em dar uma resposta comum à crise só beneficiou as redes de traficantes de pessoas. 

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