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Reformar sistema monetário internacional é prioridade da França no G20

Nicolas Sarkozy disse que reforma é o principal objetivo do país enquanto estiver na presidência do G20

A França vai assumir a presidência do G20 e do G8 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

A França vai assumir a presidência do G20 e do G8 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2011 às 11h40.

Paris - O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse nesta segunda-feira que a reforma do sistema monetário internacional será sua prioridade durante a Presidência rotatória do Grupo dos Vinte (G20, formado pelos países mais ricos e principais emergentes).

A luta contra a volatilidade dos preços das matérias-primas, o financiamento de projetos através de ideias "inovadoras" e a melhoria da governança econômica mundial são as outras medidas que a França tentará adotar durante o período no qual estará à frente do G20 e do G8 (grupo dos países desenvolvidos), declarou Sarkozy.

O presidente francês afirmou que reformar o sistema monetário internacional não significa questionar o dólar como divisa dos intercâmbios, mas abrir as trocas comerciais para outras moedas, sem citar nenhuma concretamente.

O governante acrescentou que há consenso entre os membros do G20 para tratar este assunto, mas reconheceu que nem todos os membros estão de acordo com as soluções que devem ser adotadas.

Sarkozy, que nas últimas semanas se reuniu com os líderes dos outros países que fazem parte destes fóruns, assinalou que "para que o G20 seja crível, deve ser eficaz" e se comprometeu a tomar "medidas concretas" durante sua Presidência.

A França proporá a criação de um "código de conduta na gestão de fluxos de capitais" e uma reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), para que vigie os desequilíbrios existentes e controle as trocas comerciais.

Quanto à criação de sistemas inovadores de financiamento de projetos, o chefe de Estado francês reiterou sua ideia de impor uma taxa às transações financeiras para que seja possível arrecadar dinheiro.

"É uma taxa moral, útil e eficaz para encontrar novos recursos para o desenvolvimento", afirmou Sarkozy, que reconheceu que essa iniciativa tem "grandes adversários" que deverão ser convencidos.

"Há uma opinião pública internacional e se alguns dão o exemplo, os outros podem se ver obrigados a seguir", disse.

O presidente francês indicou que essa ideia "não é a única" e se mostrou disposto a escutar outras propostas.

Ao mesmo tempo, propôs a instauração de um nível mínimo de proteção social universal a ser estipulado por todos.

Sarkozy responsabilizou a especulação pela volatilidade dos preços das matérias-primas e preconizou uma regulação dos mesmos.

Quanto aos produtos agrícolas, defendeu uma política agrícola comum em um momento no qual é necessário alimentar um número maior de habitantes.

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