Imigrantes: sindicatos e empresários negociam neste momento direitos trabalhistas, enquanto permanece em aberto o destino dos mais de 11 milhões de imigrantes ilegais que já vivem no país. (John Moore/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2013 às 16h43.
Washinton - Um acordo entre sindicatos e empresários americanos sobre uma nova cota de trabalhadores imigrantes aumentou, nesta segunda-feira, as chances de uma reforma migratória integral no Congresso, embora uma importante figura negociadora tenha expressado suas dúvidas.
O principal sindicato do país, AFL-CIO, e a Câmara de Comércio anunciaram um acordo para criar uma nova classe de vistos "W" que permitirá a entrada anual de 20 a 200 mil novos trabalhadores, dependendo da situação econômica.
O acordo foi alcançado durante o fim de semana com a participação de oito senadores que lideram as negociações nesta câmara, embora um deles, o hispânico Marco Rubio, tenha advertido que um acordo integral migratório, que também inclua os mais de 11 milhões de ilegais, ainda não está fechado.
"Para o AFL-CIO é um acordo muito bom porque os trabalhadores virão com direitos trabalhistas, vão poder trazer suas famílias, tentar conseguir um 'green card' (residência legal) e mudar de trabalho", explicou nesta segunda-feira à AFP Ana Avendaño, conselheira do sindicato para temas migratórios.
Se a reforma migratória integral passar pelo Congresso, este novo visto permitirá a partir de 2015 a entrada de 20.000 trabalhadores, e depois irá aumentando até um máximo de 200.000.
Um novo Gabinete de Investigação de Imigração e Mercado de Trabalho será encarregada de propor a quota exata anual, que não inclui trabalhadores agrícolas nem os altamente qualificados, ambos regidos por outra categoria de visto.
"É uma estrutura com a qual podemos avançar. Os salários serão fixados exatamente com o que a comunidade de negócios propôs", afirmou em um e-mail Randy Johnson, vice-presidente da Câmara de Comércio.
As negociações continuam esta semana, confirmou Avedaño na entrevista. Sindicatos e empresários negociam neste momento direitos trabalhistas, enquanto permanece em aberto o destino dos mais de 11 milhões de imigrantes ilegais que já vivem no país.