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Referendo será decisão sobre o próximo século, diz Cameron

Resultado do referendo sobre a independência da Escócia será "uma decisão sobre o próximo século", disse o premiê britânico, David Cameron


	Premiê britânico, David Cameron: Cameron pediu aos escoceses que "não se separem"
 (Luke MacGregor/Reuters)

Premiê britânico, David Cameron: Cameron pediu aos escoceses que "não se separem" (Luke MacGregor/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 13h26.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, alertou nesta quarta-feira em Edimburgo que o resultado do referendo sobre a independência da Escócia do próximo dia 18 será "uma decisão sobre o próximo século, não sobre os próximos cinco anos".

Da mesma forma que o líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, e do liberal-democrata Nick Clegg, Cameron se deslocou hoje para a região após cancelar seu discurso semanal na sessão de perguntas ao Primeiro-ministro na câmara nos Comuns para dar um último impulso à campanha contra a independência do Reino Unido.

Em discurso em Edimburgo, a capital da Escócia, mais uma vez o chefe do Executivo de Londres pediu aos escoceses que "não se separem" do Reino Unido e apelou aos eleitores para que não respaldem a campanha pelo "sim" só como castigo ao Partido Conservador. "Quero meu país mais do que que quero meu partido", disse.

"Como se trata de uma eleição, o povo pensa que é como eleições gerais. Se estão fartos dos malditos conservadores, dão uma patada", disse o primeiro-ministro do Reino Unido.

Neste sentido, o político conservador advertiu que "não se trata de uma decisão sobre os próximos cinco anos, mas sobre o próximo século", e assegurou que ficaria com o "coração partido" se a Escócia terminasse se declarando independente.

"Me importa muitíssimo este extraordinário país, este Reino Unido que construímos juntos. Ficaria com o coração partido coração se esta família de nações que reunimos -e fizemos coisas extraordinárias juntos- se separasse", disse.

Da mesma forma que Cameron, também o líder trabalhista, Ed Miliband, e o dirigente liberal-democrata e vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, fazem campanha hoje na região a favor do "não" à independência, a apenas oito dias da consulta.

A viagem dos três principais líderes políticos do Reino Unido foi considerada pelo ministro principal escocês, o independentista Alex Salmond, como um "tentativa desesperada" para evitar a cisão, após os últimos resultados nas pesquisas, que concedem vantagem ao "sim".

Segundo Salmond, a campanha a favor da independência não está centrada no Partido Nacionalista Escocês (SNP), que ele lidera, nem em outras formações escocesas, mas focada a "todos os setores da sociedade escocesa".

"O que vemos hoje, por outro lado, é a "Equipe Westminster" voando à Escócia em um dia porque a campanha entrou em pânico", acrescentou.

Apesar de Salmond assegurar que não faz "nenhuma conjetura" sobre o resultado da consulta da próxima semana, "a evidência indica que cada vez mais cidadãos escoceses estão convencidos pelo argumento da campanha pelo sim".

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