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Reféns mortos são considerados heróis na Austrália

Tori Johnson, de 34 anos, gerente do Lindt Chocolat Cafe, e Katrina Dawson, advogada de 38 anos e mãe de três filhos, morreram

Australianos depositam flores em memorial criado perto do local do sequestro, no centro financeiro de Sydney
 (Peter Parks/AFP)

Australianos depositam flores em memorial criado perto do local do sequestro, no centro financeiro de Sydney (Peter Parks/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 06h45.

Sydney - Os dois reféns mortos no sequestro dramático em um café de Sydney foram saudados nesta terça-feira como heróis dispostos a sacrificar suas vidas pelo próximo, em uma cerimônia religiosa.

Tori Johnson, de 34 anos, gerente do Lindt Chocolat Cafe, cenário da tomada de reféns por um islamista radical de 50 anos, e Katrina Dawson, advogada de 38 anos e mãe de três filhos, morreram no momento em que a tropa de elite de polícia invadiu o local.

Durante uma cerimônia na catedral St Mary's, que fica perto do local da tragédia, o distrito de Martin Place, no coração de Sydney, o arcebispo Anthony Fisher citou o "coração partido" da cidade.

"Esta manhã ouvimos informações a respeito do heroísmo da vítima masculina da tomada de reféns", disse.

"Aparentemente, durante uma tentativa, Tori Johnson tomou a arma do sequestrador, mas tragicamente aconteceu um disparo que o matou. No entanto, isto precipitou a intervenção da polícia e, no fim, a libertação da maioria dos reféns", completou o religioso.

"Também, ao que parece, Katrina Dawson tentava proteger uma amiga grávida. Estes heróis estavam dispostos a sacrificar suas vidas para que outros pudessem viver", afirmou o arcebispo.

A polícia não confirmou a luta entre o gerente do café e o sequestrador e destacou que a investigação sobre os acontecimentos ainda está em curso.

O sequestrador foi identificado pela imprensa como Man Haron Monis, autoproclamado "xeque", de origem iraniana e com ficha judicial. As autoridades também destacaram o desequilíbrio mental do criminoso, aliado a uma "atração pelo extremismo".

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