Alvarez também ressaltou que o Brasil não abre mão da política de conteúdo nacional no setor de telecomunicações (Steve Kazella / Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2012 às 13h18.
Rio de Janeiro – As operadoras de telefonia móvel vão reforçar suas redes no Rio de Janeiro, para evitar problemas como ausência de sinal telefônico durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada para o próximo mês, na cidade. A informação foi divulgada pelo secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez.
“As informações que nós temos é que todas as operadoras estão reforçando seus sinais nos principais pontos da Rio+20, seja no Riocentro, no aeroporto, nos trajetos, no Parque do Flamengo, Píer Mauá e na zona hoteleira”, informou Alvarez.
O secretário executivo disse esperar que pelo menos parte da estrutura de reforço que será montada para a Rio+20 permaneça na cidade, para beneficiar os cariocas depois do término do evento, que ocorrerá de 20 a 22 de junho.
Durante evento sobre redes de comunicação sem fio hoje (21), no Rio de Janeiro, Alvarez comentou as recentes críticas das principais operadoras de telefonia em relação ao leilão para implantação de tecnologia 4G no Brasil, previsto para o início do próximo mês. De acordo com Alvarez, essas questões são apenas pontuais e não deverão atrasar a licitação.
“O que existe é o questionamento de alguns itens do edital. Essas últimas críticas se referem a detalhes, como o primeiro lance ou o ritmo da expansão. Ninguém mais entrou [com recurso] contra o conjunto que possa inviabilizar o leilão. Acredito que está garantido o sucesso do leilão 4G”, disse.
No evento, o secretário executivo destacou a necessidade da expansão das redes de internet no país. Segundo ele, no entanto, o aumento da demanda também provocou a queda da qualidade dos serviços oferecidos. Alvarez explicou que o governo está estimulando as operadoras a expandirem suas redes, com isenções fiscais, e tem buscado, inclusive, parcerias com governos, para usar espaços públicos, como pontes e estradas para a instalação de estruturas que permitam a expansão de redes.
Alvarez também ressaltou que o Brasil não abre mão da política de conteúdo nacional no setor de telecomunicações. “Acho que é uma política pública muito consciente e clara: o mercado é um patrimônio nacional. Estamos propondo que as empresas que aqui já investiram continuem investindo, mas que não apenas produzam aqui, que também tragam um pouco da sua inteligência para cá. Acho que é uma política defensável nos marcos da OMC [Organização Mundial do Comércio], de um país soberano.”