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Recurso sueco contra libertação de Assange será examinado quinta-feira

Enquanto a decisão não sai, fundador do site de documentos secretos vai permanecer na cela no sudoeste de Londres

Mesmo que consiga ser libertado ao pagar a fiança, Assange será monitorado em Londres (Dan Kitwood/Getty Images)

Mesmo que consiga ser libertado ao pagar a fiança, Assange será monitorado em Londres (Dan Kitwood/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 11h39.

Londres - A apelação apresentada pela Suécia contra a libertação sob fiança do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, será examinada na quinta-feira na Alta Corte de Londres, informou uma fonte do tribunal.

Os advogados que representam a Suécia, que deseja a extradição de Assange por supostos crimes sexuais contra duas mulheres, recorreram na terça-feira à noite contra a decisão de um juiz de primeira instância que concedeu a liberdade sob fiança ao fundador do WikiLeaks.

A advogada Gemma Lindfield alegou que "nada mudou" desde que a liberdade foi negada a Assange na semana passada e que continua existindo um "risco de fuga".

À espera da análise da apelação, que deve acontecer no prazo de 24 horas, o australiano de 39 anos, que também está por trás do vazamento de milhares de telegramas diplomáticos confidenciais dos Estados Unidos, teve que retornar para a cela onde permanece isolado dos outros presos na penitenciária de Wandsworth (sudoeste de Londres) desde 7 de dezembro, sem internet ou telefone celular.

Um dos advogados do fundador do WikiLeaks queixou-se nesta quarta-feira de enfrentar dificuldades para falar com seu cliente e afirmou que as condições de detenção de Assange são "dickensianas".

"Não tenho acesso a ele", reclamou Mark Stephens à rede Sky News.

"Deve Julian Assange apodrecer na prisão de Wandsworth ou ter permissão para sair e ficar em prisão domiciliar enquanto preparamos seu caso?", perguntou Stephens.

O advogado Stephens indicou que esperava "receber informações dos suecos" nesta quarta-feira, mas afirmou que a falta de acesso a Assange os impedia de "receber instruções" de seu cliente.

"Se a Alta Corte rejeitar o recurso dos advogados do governo da Suécia, Assange poderá recuperar a liberdade após o pagamento da fiança de 200.000 libras (315.000 dólares) em dinheiro exigida pela justiça, além de duas garantias pessoais de 20.000 libras cada.

Neste caso, por ordem do juiz, Assange terá que morar na mansão de campo de um amigo, o presidente do clube de jornalistas Frontline Club, Vaughan Smith, a 200 quilômetros de Londres, usar uma tornozeleira eletrônica e respeitar um toque de recolher.

Além disso, para evitar qualquer risco de fuga terá o passaporte retirado e deverá comparecer diariamente a uma delegacia local.

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