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Recomeça no Egito julgamento de Mubarak após 2 meses de suspensão

Durante a audiência espera-se que o advogado de Mubarak Farid el Deeb apresente provas de sua inocênci

Hosni Mubarak e Suzanne: ele é acusado de suposto envolvimento no massacre de manifestantes (Abdelhak Senna/AFP)

Hosni Mubarak e Suzanne: ele é acusado de suposto envolvimento no massacre de manifestantes (Abdelhak Senna/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 19h34.

Cairo- O julgamento do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, pelo seu suposto envolvimento no massacre de manifestantes, recomeçou nesta quarta-feira após a suspensão.

Conforme a TV egípcia, a sessão começou às 10h15 (6h15 de Brasília) na sala da Academia de Polícia do Cairo.

Durante a audiência espera-se que o advogado de Mubarak Farid el Deeb apresente provas de sua inocência, acrescentou a rede que não exibiu imagens do interior da audiência.

O ex-chefe de Estado chegou de helicóptero a Academia de Polícia e foi transferido de ambulância para o interior do prédio.

Mubarak, que sofreu um ataque cardíaco em 12 de abril durante um interrogatório judicial, está internado em um hospital militar na estrada que liga a capital a Ismaília, junto ao Canal de Suez, e assistiu a todas as sessões anteriores deitado em uma maca.

Também assistem a esta audiência, a sexta do julgamento, os demais acusados pela morte de manifestantes durante a Revolução de 25 de Janeiro: os dois filhos do ex-presidente, Gamal e Alaa, e o ex-ministro do Interior Habib el-Adly, além de seis de seus assessores.

Em 30 de outubro, o processo foi suspenso por uma demanda dos advogados da acusação que pediam a mudança dos juízes encarregados do caso, liderados pelo magistrado Ahmed Refaat.

A mudança do juiz foi pedida após a sessão de 24 de setembro, quando depôs o chefe da Junta Militar egípcia, o marechal Hussein Tantawi.

No fim dessa audiência, que durou 1h30, um dos letrados das vítimas denunciou que 'o tribunal não permitiu a todos eles fazer perguntas ao marechal', somente um teve autorização.

A acusação, por sua vez, denunciou que Refaat trabalhou como conselheiro jurídico na Presidência egípcia durante o mandato de Mubarak.

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