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Recesso do Congresso só virá com solução para dívida, diz Obama

Presidente dos EUA afirmou que está disposto a trabalhar com todos os congressistas; para ele, cidadãos querem que eles abandonem os jogos políticos e resolvam a questão

A taxa de aprovação de Obama subiu a 56% imediatamente após a morte do terrorista líder da Al Qaeda (J.D. Pooley/Getty Images)

A taxa de aprovação de Obama subiu a 56% imediatamente após a morte do terrorista líder da Al Qaeda (J.D. Pooley/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 22h19.

Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, reconheceu que foi "muito rígido" com os líderes do Congresso durante uma reunião a portas fechadas na Casa Branca sobre o déficit e as dívidas norte-americanas, mas afirmou que os cidadãos do país querem que eles abandonem a postura política, parem com os jogos e resolvam o problema.

Durante uma entrevista concedida à rede de televisão KYW Philadelphia, o presidente dos EUA disse também que o Congresso não terá recesso enquanto o governo não colocar a situação fiscal em ordem.

Nesta quinta-feira, 14, Obama fez a quinta reunião consecutiva com representantes do Congresso, entre eles o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, e o líder da maioria republicana na Câmara, Eric Cantor. O presidente dos EUA disse que, apesar de ter sido severo com os líderes do Congresso, pretende trabalhar com todos eles.

"Estou disposto a trabalhar com todo mundo, inclusive com o Eric Cantor, para resolver problemas e, você sabe, minha relação com todos os líderes é cordial", acrescentou Obama.

O Congresso tem até o dia 2 de agosto para aumentar o limite de endividamento do país, evitando, assim, que os EUA deixe de cumprir suas obrigações financeiras. No entanto, as negociações entre o governo Obama e os congressistas não têm evoluído, fazendo com que o prazo fique cada vez mais próximo. Na última terça-feira, o líder republicano no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, chegou a dizer que não é provável uma solução de longo prazo para os problemas fiscais do país enquanto o presidente Barack Obama continuar no cargo.

Um dos reflexos que um calote norte-americano poderia gerar seria o rebaixamento da nota dos EUA pelas agências de classificação de risco. Essas agências têm como ganha-pão a concessão de ratings – ou classificações – a empresas, governos ou qualquer entidade que emita títulos para serem negociados no mercado. Tais classificações são a opinião da agência sobre a capacidade do emissor desses títulos de honrar seus compromissos com os investidores.

Na última quarta-feira, uma delas, a Moody's, colocou a nota americana - atualmente em Aaa, a classificação máxima - em revisão para possível rebaixamento. A agência citou como motivo a possibilidade de o limite de endividamento do governo federal norte-americano não ser elevado em momento oportuno e, dessa forma, levar o país a declarar default em suas obrigações de dívidas. Nesta quinta, a agência voltou a falar sobre o assunto e anunciou que a nota dos EUA poderia ser rebaixada apenas um dia após o calote da dívida.

Depois do anúncio, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China Hong Lei, fez uma declaração pedindo para que o país adotasse medidas mais responsáveis a fim de proteger os interesses dos investidores nos Treasuries. A China é o maior investidor estrangeiro em títulos dos EUA. Nesta quinta-feira, as bolsas europeias abriram em queda devido ao alerta da Moody's. As informações são da Dow Jones.

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