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Rebeldes sírios entregam para Al Qaeda equipamento dos EUA

Os rebeldes tinham sido treinados pelas Forças Armadas americanas como parte de um programa contra o Estado Islâmico


	Integrantes da Frente Nusra: rebeldes tinham sido treinados pelas Forças Armadas americanas como parte de um programa contra o Estado Islâmico
 (Fadi al-Halabi/AFP)

Integrantes da Frente Nusra: rebeldes tinham sido treinados pelas Forças Armadas americanas como parte de um programa contra o Estado Islâmico (Fadi al-Halabi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2015 às 08h21.

Washington - Um grupo de rebeldes sírios treinados pelos Estados Unidos que lutam contra o regime de Bashar al Assad entregou parte do equipamento fornecido pelo exército americano para uma facção da Al Qaeda em troca de proteção, informou nesta sexta-feira o Pentágono.

Nos dias 21 e 22 de setembro, os rebeldes das Novas Forças Sírias entregaram seis caminhonetes e munição a um intermediário da Frente al Nusra, facção ligada à Al Qaeda, informou o porta-voz do Comando Central dos EUA, o coronel Patrick Ryder.

Os rebeldes tinham sido treinados e equipados pelas Forças Armadas americanas como parte de um programa do Departamento de Defesa dos EUA para ajudar os insurgentes na luta contra o Estado Islâmico (EI).

"Se estiver correta, a informação de que membros das Novas Forças Sírias entregaram equipamento à Frente al Nusra é muito preocupante e uma violação do programa de treinamento", disse Ryder.

As caminhonetes e a munição entregues à Frente al Nusra supõem um quarto do total do equipamento que os Estados Unidos tinham oferecido aos rebeldes.

Esta nova revelação acrescenta mais dúvidas sobre a efetividade da estratégia do Pentágono na Síria, depois que na semana passada o próprio Departamento de Defesa reconheceu que na atualidade só há em combate "quatro ou cinco" soldados sírios treinados pelos EUA.

Este número está muito longe dos 5 mil rebeldes sírios que Washington anunciou que tem a intenção de treinar e o próprio Pentágono admitiu que esse objetivo não será concluído no curto prazo e acrescentou que o exército está buscando "melhores maneiras" de auxiliar os combatentes sírios. 

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