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Rebeldes sírios capturam governador de Raqa

Os insurgentes conquistaram na segunda-feira a maior parte dos bairros da cidade


	Rebeldes sírios no noroeste do país: essa é a maior vitória rebelde em quase dois anos de revolta contra o regime de Bashar al-Assad
 (Aamir Qureshi/AFP)

Rebeldes sírios no noroeste do país: essa é a maior vitória rebelde em quase dois anos de revolta contra o regime de Bashar al-Assad (Aamir Qureshi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 09h51.

Beirute - Os rebeldes sírios que lutam contra o presidente Bashar al-Assad capturaram o governador de Raqa depois que assumiram o controle desta capital provincial do norte do país.

Um vídeo gravado por rebeldes e divulgado pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) mostra o governador de Raqa, Hasan Jalili, sentado em meio aos rebeldes e ao lado de Suleiman Suleiman, o secretário-geral provincial do partido Baath, que governa a Síria.

"A única coisa que queremos é nos livrarmos do regime", afirma no vídeo um rebelde não identificado aos detidos, sentados em silêncio.

"É um dos dirigentes do regime de maior hierarquia capturado pelos rebeldes desde o início do conflito", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH, uma ONG que tem uma ampla rede de informantes no país.

"Raqa sofreu muito com a corrupção do governador", disse.

Os insurgentes conquistaram na segunda-feira a maior parte dos bairros de Raqa, mas as tropas e os milicianos pró-regime ofereceram resistência durante a noite perto da sede dos serviços de inteligência militar.


"Há reforços do exército a caminho de Raqa. Veremos se conseguirão chegar à cidade ou não", disse Rahman.

Na segunda-feira, depois da queda de Raqa, a maior vitória rebelde em quase dois anos de revolta contra o regime de Bashar al-Assad, o exército bombardeou a cidade com tanques e aviões.

Também foram registrados confrontos perto dos focos de resistência rebeldes em Homs, no centro da Síria, segundo o OSDH, no terceiro dia de uma ofensiva do exército e das milícias pró-regime para reconquistar os enclaves rebeldes da cidade, conhecida como a "capital da revolução".

Um ativista da área antiga de Homs, reduto rebelde cercado há oito meses, afirmou que há muitas baixas dos dois lados.

"É um dilúvio de balas. Tudo está em chamas na área antiga", afirmou o militante, que se identificou como Abu Bilal.

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