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Rebeldes retiram artilharia leve na frente de Donetsk

Os acordos entre Kiev e os pró-Rússia contemplam o afastamento por períodos de tanques, artilharia leve e morteiros a uma distância de pelo menos 15 km


	Forças armadas da Ucrânia patrulham região de Donetsk: "Começamos o recuo da artilharia. Atualmente se encontra a 11.700 metros da linha de separação de forças e a afastaremos ainda mais"
 (REUTERS/Valentyn Ogirenko)

Forças armadas da Ucrânia patrulham região de Donetsk: "Começamos o recuo da artilharia. Atualmente se encontra a 11.700 metros da linha de separação de forças e a afastaremos ainda mais" (REUTERS/Valentyn Ogirenko)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2015 às 07h22.

Donetsk - O comando das milícias da autoproclamada república popular de Donetsk (RPD) anunciou nesta quarta-feira o começo do recuo de sua artilharia leve da primeira linha da frente, em cumprimento com o plano de regulação ao conflito no leste da Ucrânia.

"Começamos o recuo da artilharia. Atualmente se encontra a 11.700 metros da linha de separação de forças e a afastaremos ainda mais", disse o chefe do Estado-Maior das milícias da RPD, Ruslan Yakubov, em declarações a DÃO, a agência de notícias dos separatistas de Donetsk.

Os acordos entre Kiev e os pró-Rússia contemplam o afastamento por períodos de tanques, artilharia leve (de calibre inferior a 100 mm) e morteiros a uma distância de pelo menos 15 quilômetros da primeira linha.

Na semana passada, a RPD anunciou que tinha completado a retirada de seus carros de combate.

Após a retirada da artilharia leve, as partes em conflito deverão afastar da primeira linha seu morteiros de calibre de até 120 milímetros, processo que a RPD planeja concluir para o próximo 10 de novembro.

Esta medida, que segue ao recuo do armamento pesado, procura criar uma zona segura de 30 quilômetros de profundidade, na qual o governo de Kiev e os separatistas pró-Rússia só poderão ter soldados apetrechados com armas leves.

Apesar do cumprimento do cessar-fogo e dos avanços no processo de regulação, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, advertiu na semana passada que a situação nas regiões orientais do país está "muito longe da paz, já que em qualquer momento pode ocorrer uma escalada do conflito".

Segundo dados da ONU, mais de 8 mil pessoas, em sua maioria civis, morreram em regiões orientais da Ucrânia desde abril de 1994, quando explodiram as ações armadas.

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