Mundo

Rebeldes propõem desmilitarizar zonas de conflito na Ucrânia

Separatistas pró-Rússia propuseram que a desmilitarização dos últimos locais de confronto na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, seja discutida


	Soldado separatista do leste da Ucrânia inspeciona corpo de soldado morto durante confrontos
 (Odd Andersen/AFP)

Soldado separatista do leste da Ucrânia inspeciona corpo de soldado morto durante confrontos (Odd Andersen/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2015 às 14h10.

Donetsk - Os separatistas pró-Rússia propuseram neste domingo que a desmilitarização dos últimos locais de confronto na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, entre eles o aeroporto local, seja discutida nesta semana.

"Já propusemos transformar o aeroporto de Donetsk em uma zona desmilitarizada. Isto permitiria evitar os ataques, as mortes e a destruição. Mas os ucranianos não quiseram", disse Denis Pushilin, negociador da autoproclamada república popular de Donetsk.

Para Pushilin, chegou a hora de abordar esse assunto "em detalhes" durante as reuniões dos grupos de trabalho estabelecidos nos acordos de paz de Minsk.

A proposta do líder rebelde é desmilitarizar o aeroporto e as localidades de Shirokino e Gorlovka.

"Ambos os lados recuarão suas forças para a mesma distância da linha de separação. Por exemplo, em Shirokino se discutiu que ambas as forças se afastassem da mesma distância do centro da cidade", afirmou Pushilin.

O aeroporto de Donetsk, que foi reconquistado pelas milícias rebeldes no começo do ano, continua sendo cenário de conflitos apesar do cessar-fogo que vigora na zona de conflito desde 15 de fevereiro.

Em Gorlovka, o segundo maior reduto pró-Rússia após Donetsk, a situação também é tensa, mas o pior momento se vive em Shirokino, cidade nas margens do mar de Azov.

Shirokino se encontra entre as cidades de Novoazovsk, controlada pelas milícias separatistas, e Mariupol, de quase meio milhão de habitantes e leal ao governo de Kiev.

Se as duas cidades litorâneas caírem em mãos dos insurgentes, os rebeldes poderiam abrir um corredor da fronteira russa até a península da Crimeia (anexada pela Rússia há pouco mais de um ano).

Sobre Shirokino, o governo de Kiev se mostrou disposto a implementar a desmilitarização, mas só após uma trégua entre ambos os lados e com a condição de que se abra na zona um centro permanente de controle do cessar-fogo.

O comando militar ucraniano acusou hoje as milícias pró-Rússia de bombardearem suas posições com armamento pesado, como plataformas de lançamento de mísseis Grad, proibido pelos acordos de paz de fevereiro.

Na segunda-feira passada, os ministros das Relações Exteriores da Ucrânia, Rússia, França e Alemanha -os quatro países que negociaram o acordo de paz de fevereiro- pactuaram a retirada da zona de combate de tanques, veículos blindados, morteiros e "armas pesadas de menos de 100 milímetros". EFE

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaDiplomaciaEuropaRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Brasil é vice-lider em competitividade digital na América Latina, mas está entre os 11 piores

John Thune é eleito líder dos Republicanos no Senado, apesar de pressão de aliados de Trump

Biden e Xi realizarão sua terceira reunião bilateral na reunião da APEC em Lima

Após três anos de ausência, Li Ziqi retorna e ganha 900 mil seguidores em um dia