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Rebeldes pedem que exclusão aérea ocorra só em áreas controladas por Kadafi

Abdelfatah Yunis, chefe militar dos rebeldes, pediu que a intervenção áerea não se aplique às zonas controladas pelos insurgentes

General Abdel Yunis, comandante das forças rebeldes na Líbia: oposição está inquieta (Gianluigi Guercia/AFP)

General Abdel Yunis, comandante das forças rebeldes na Líbia: oposição está inquieta (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 22h39.

Argel - O chefe militar dos rebeldes líbios, Abdelfatah Yunis, expressou hoje seu agradecimento à comunidade internacional pela resolução da ONU e pediu que a exclusão aérea seja aplicada apenas nas áreas sob controle das forças de Muammar Kadafi.

Em declarações à rede "Al Jazeera", Yunis - que era ministro do Interior do regime líbio e renunciou para se juntar à rebelião - exigiu que a exclusão não se aplique às zonas controladas pelos insurgentes.

"A exclusão aérea deve ser eficaz, mas não deve ser aplicada contra nós, mas contra as regiões ocidentais", controladas pelas tropas de Kadafi, disse.

Sobre as ameaças do líder líbio de atacar Benghazi ainda nesta noite se os rebeldes não se renderem, Yunis disse que milhares de rebeldes na cidade estão preparados e "qualquer força que chegue será vencida... podem considerá-la vítima das forças revolucionárias".

"Seguiremos combatendo e nossos homens estão dispostos a responder a qualquer ação" por parte das forças do regime, acrescentou.

O Conselho de Segurança da ONU adotou hoje uma resolução que autoriza tomar "todas as medidas necessárias" para proteger a população civil líbia dos ataques das tropas de Kadafi e estabelece uma zona de exclusão aérea sobre o país norte-africano.

A medida recebeu o apoio de 10 dos 15 membros do principal órgão de segurança internacional, enquanto nenhum votou contra e outros cinco se abstiveram.

Os países que se abstiveram foram Brasil, Índia, Alemanha, China e Rússia, os dois últimos membros permanentes do Conselho de Segurança.

A resolução estabelece que os Estados-membros da ONU podem adotar "todas as medidas necessárias" - o que incluiria ataques aéreos - para "proteger os civis e as áreas povoadas por civis sob ataque na Líbia, incluindo Benghazi", o bastião dos rebeldes.

Ao mesmo tempo, exclui a presença de "qualquer força de ocupação estrangeira de qualquer tipo, em qualquer parte do território líbio".

A resolução endurece o embargo de armas à Líbia e reforça as sanções impostas no mês passado a Kadafi e seu círculo mais próximo de colaboradores.

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