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Rebeldes pedem até US$ 3 bilhões dos fundos de Kadafi

O grupo insurgente solicitará o valor em empréstimos aos países que tenham em seu poder ativos congelados do líder líbio

Segundo os rebeldes, o dinheiro será usado para pagar os funcionários do Conselho (Christophe Simon/AFP)

Segundo os rebeldes, o dinheiro será usado para pagar os funcionários do Conselho (Christophe Simon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 12h31.

Benghazi - O Conselho Nacional Transitório (CNT) pedirá o acesso ao valor de até US$ 3 bilhões dos fundos de Muammar Kadafi que foram bloqueados em vários países, anunciou nesta terça-feira à Agência Efe Jalal al Galal, porta-voz do principal órgão de direção dos rebeldes líbios.

O Executivo insurgente solicitará entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões em empréstimos e ajuda aos países que tenham em seu poder ativos pertencentes à Kadafi ou seu entorno, e que tenham sido congelados no marco das sanções contra o regime líbio.

"A maior parte do dinheiro será concedido sob forma de empréstimos", explicou Galal, que se mostrou esperançoso que seu Governo possa obter a totalidade do que está pedindo à comunidade internacional.

O pedido será tratado na conferência internacional que deve ser realizada no dia 5 de maio em Roma quando a comunidade internacional estudará possíveis saídas ao conflito na Líbia e terá a economia como um dos assuntos centrais.

O responsável de Relações Exteriores do CNT, Mahmoud Yibril, apresentará a solicitação na Itália, onde partiu nesta terça-feira após ter deixado a cidade de Benghazi no meio-dia.

Os fundos serão destinados principalmente à economia das zonas sob o controle dos rebeldes, ou seja, o leste da Líbia, com Benghazi como sua capital e sede do órgão diretor dos rebeldes.

"Com esse dinheiro pagaremos os salários dos funcionários (do CNT)", explicou Galal e acrescentou que fornecerão à população bens de primeira necessidade e provisões médicas, que começam a escassear.

Segundo o porta-voz, o CNT ainda tem fundos para umas três ou quatro semanas.

A economia do leste de Líbia se viu profundamente afetada pelo conflito e se encontra praticamente paralisada desde o começo das revoltas, no dia 16 de fevereiro, especialmente a indústria petrolífera, que empregava muitos trabalhadores da região.

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