Mundo

Rebeldes líbios revelam acordo com Catar para exportar petróleo

Produto está sendo extraído dos campos do sudeste e das áreas "libertadas"

Rebelde se protege de ataques próximo a uma refinaria em chamas na cidade de Ras Lanuf (Roberto Schmidt/AFP)

Rebelde se protege de ataques próximo a uma refinaria em chamas na cidade de Ras Lanuf (Roberto Schmidt/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2011 às 11h13.

Benghazi, Líbia - A direção dos rebeldes líbios revelou nesta sexta-feira que assinou um acordo com o Catar para exportar petróleo e que neste momento tem capacidade de produzir um milhão de barris por semana.

O "ministro do Petróleo" do Conselho Nacional Transitório (CNT), Ali Tahur, disse em entrevista coletiva em Benghazi que o Catar concordou em "embarcar o petróleo e comercializá-lo".

Tahur assinalou que o produto está sendo extraído dos campos do sudeste e das áreas "libertadas" e que podem ser produzidos mais de 100 mil barris ao dia. O único problema que tinham era encontrar uma forma de exportar a matéria-prima.

"O único atraso que tivemos foi na hora de encontrar os navios que transportem o petróleo", indicou o responsável revolucionário.

Tahur acrescentou que o emirado também concordou em fornecer remédios aos rebeldes.

Além disso, ressaltou que, embora tenham as necessidades básicas supridas, é urgente que recebam "empréstimos a longo e curto prazo, mas, sobretudo, que sejam levantadas as sanções contra a Líbia".

Tahur também participou das conversas que os rebeldes mantiveram com o enviado do secretário-geral da ONU, o diplomata jordaniano Abdelilah al-Khatib, que chegou nesta sexta-feira a Benghazi após visitar Trípoli.

"Falamos das sanções que há sobre a Líbia, vigentes nas áreas liberadas", destacou Tahur, que afirmou que al-Khatib se mostrou disposto a comunicar de maneira urgente as demandas dos rebeldes ao Conselho de Segurança da ONU.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaComércio exteriorEnergiaExportaçõesLíbiaPetróleo

Mais de Mundo

Trump nomeia Keith Kellogg como encarregado de acabar com guerra na Ucrânia

México adverte para perda de 400 mil empregos nos EUA devido às tarifas de Trump

Israel vai recorrer de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu por crimes de guerra em Gaza

SAIC e Volkswagen renovam parceria com plano de eletrificação