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Rebeldes líbios avançam para Trípoli em duas frentes

Mais ao norte, no litoral, os rebeldes continuaram rumando para oeste a partir da cidade de Misrata, e chegaram a cerca de 13 quilômetros do centro da vizinha Zlitan

Fazendo disparos para o alto com seus rifles, os rebeldes entraram celebrando na aldeia de Al Qawalish (Gianluigi Guercia/AFP)

Fazendo disparos para o alto com seus rifles, os rebeldes entraram celebrando na aldeia de Al Qawalish (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 00h00.

Al Qawalish - Rebeldes líbios capturaram na quarta-feira uma aldeia ao sul de Trípoli, enquanto outro grupo avançava pelo leste na direção da capital, na maior ofensiva das últimas semanas contra o bastião do regime de Muammar Gaddafi.

Fazendo disparos para o alto com seus rifles, os rebeldes entraram celebrando na aldeia de Al Qawalish, pouco mais de cem quilômetros a sudoeste de Trípoli, após travarem seis horas de batalha contra as forças governistas que controlavam a localidade.

Ao passarem por um posto de controle abandonado às pressas pelas forças oficiais, que ali deixaram tendas e até um pão meio comido, os rebeldes rasgaram as bandeiras verdes que simbolizam a Líbia de Gaddafi, segundo relato de um repórter da Reuters no local.

Mais ao norte, no litoral, os rebeldes continuaram rumando para oeste a partir da cidade de Misrata, e chegaram a cerca de 13 quilômetros do centro da vizinha Zlitan, onde há um grande contingente de soldados de Gaddafi.

Mas esse grupo foi atacado por intensos disparos de artilharia. Médicos no hospital Al Hekma, no centro de Misrata, para onde são levados os corpos vindos da linha de frente, disseram que 14 combatentes morreram na quarta-feira, e que outros 50 ficaram feridos.

Gaddafi, no poder há 41 anos, resiste há cinco meses a uma rebelião contra o seu regime, e desde março sofre também bombardeios aéreos da Otan. A nova ofensiva coincide com relatos de que ele estaria negociando um acordo que incluiria sua renúncia.

Seu governo nega que tais negociações estejam ocorrendo, e a Otan disse desconhecer tratativas de Gaddafi para renunciar.

Na quarta-feira, um alto funcionário do governo líbio afirmou à Reuters que uma solução pode ser alcançada até o começo de agosto, mas não disse quais seriam os termos.

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